Segundo os dados do BdP, "este financiamento foi obtido junto de bancos residentes (21.000 milhões de euros), em grande medida através da aquisição, pelo banco central, de títulos de dívida emitidos pelas administrações públicas, ao abrigo dos programas de compras de ativos, designadamente o programa de aquisição de obrigações de dívida soberana (PSPP) e, mais recentemente, o programa de compras de emergência pandémica (PEPP)".

Em contrapartida, o financiamento concedido às administrações públicas pelo exterior e pelos restantes setores da economia, em particular, pelo setor financeiro não bancário, foi negativo, em 11.300 milhões de euros e em 4.400 milhões de euros, respetivamente.

Conforme explica o BdP, "um financiamento líquido negativo indica que as aquisições líquidas de ativos financeiros pelas administrações públicas são superiores às emissões deduzidas de amortizações dos passivos, ou seja, as administrações públicas utilizaram parte dos fundos obtidos para financiarem outros setores da economia".

Uma análise por instrumento demonstra, por sua vez, que as administrações públicas se financiaram através do aumento de empréstimos deduzidos de depósitos, no montante de 9.000 milhões de euros.

Em contrapartida, o financiamento das administrações públicas através de títulos foi negativo em 3.600 milhões de euros.

O BdP atualiza os dados sobre o financiamento das administrações públicas até setembro em 22 de fevereiro.

PD // JNM

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