"[...] De janeiro a junho de 2022 registou-se um decréscimo de 1,28% em valor nas exportações comparativamente com o período homólogo de 2021, tendo ultrapassado os 432 milhões de euros (menos 5,6 milhões de euros face ao mesmo período de 2021)", indicou, em comunicado, a ViniPortugal.

A associação destacou o crescimento destas exportações em mercados como Angola (+55,2%) e Japão (+21,6%).

No sentido contrário, a Rússia apresentou uma queda de 62,1% neste período.

A China, Alemanha e Suécia também estão entre as principais descidas, com perdas de, respetivamente, 47,7%, 12,8% e 16,8%.

Entre janeiro e junho, as exportações de vinhos portugueses para o mercado comunitário apresentaram uma quebra em valor de 5,1%, enquanto os países terceiros aumentaram 2,2% em comparação com o mesmo período de 2021.

"As exportações de vinho estão a cair há alguns meses, números que começámos a prever desde o momento em que os produtores registaram falta de matéria-prima na sua produção e problemas na sua distribuição", afirmou, citado no mesmo documento, o presidente da ViniPortugal -- Associação Interprofissional do Vinho, Frederico Falcão.

Para este responsável, a conjuntura internacional é a principal causa deste retrocesso, que contrariou o crescimento de dois dígitos, verificado em "grande parte" de 2021 e no início do corrente ano.

"Como tal, acreditamos, ainda assim, que possamos terminar 2022, com um balanço positivo", concluiu.

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