A exploração de recursos minerais em Timor-Leste ainda está condicionada à captação de parceiros e financiamentos exteriores, disse o ministro do Petróleo e Recursos Minerais daquele país, Francisco da Costa Monteiro.

À margem da 2.ª Conferência de Energia da CPLP, o governante disse que Timor-Leste tem vindo a trabalhar com alguns países vizinhos do Sudoeste Asiático.

“No entanto, este tipo de iniciativa, no caso desta conferência, é para nós, um palco que permite atrair mais investimento neste setor para o país, para ajudar o nosso povo”, afirma.

“Alguns países como Portugal e Angola têm acesso a financiamento, outros ainda não estão bem desenvolvidos a nível de recursos humanos, ainda temos outros que têm os recursos, mas necessitam de desenvolver a sua comunicação e tecnologia. Portanto, criar uma sinergia entre nós seria o ideal para ser uma comunidade de verdade”, enfatizou Francisco Monteiro.

Em Outubro de 2021 Timor-Leste, fez a sua primeira perfuração de petróleo em terra em Covalima, já a descoberta do gás foi mais cedo.

“No entanto, a exploração destes recursos ainda não acontece da forma desejada pelos seus governantes, que buscam financiamento para criar uma maior dinâmica neste sector. As energias renováveis, limpas e seguras estão a crescer na economia e no seu papel social. Todavia, o que mais deixa satisfeito é o facto de se ter criado uma política energética em que todos caminham juntos, independentemente das suas especificidades e realidades”, disse.

Já em relação às negociações com a Austrália, pais vizinhos, Francisco Monteiro acredita que em 2030 Timor-Leste terá as condições criadas e estará a fazer a exploração dos seus recursos minerais, como gás e petróleo.