A exoneração de Américo Barros, que estava no cargo desde o início da atual legislatura, foi aprovada hoje em Conselho de Ministros.

Segundo a fonte do Governo, o executivo vai propor ao Presidente da República a nomeação de Eugénio Soares, quadro sénior do banco central, para o cargo de governador.

A mesma fonte adiantou que o primeiro-ministro pretende fazer um "reajuste" que vai abranger outros setores e empresas públicas.

Américo Barros disputou, no passado sábado, a liderança do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe -- Partido Social-Democrata (MLSTP-PSD), nas eleições internas em que Jorge Bom Jesus foi reeleito com 51%.

Num total de 517 votos expressos, Jorge Bom Jesus foi o primeiro classificado com 260 votos, Américo Barros obteve 147 votos, equivalente a 28,4%, e Rafael Branco registou 105 votos, que correspondem a 20,3%.

Bom Jesus declarou que a reeleição como presidente do partido no poder é "um recarregar de baterias".

"Esta reeleição dá-me muito mais responsabilidade e eu sei que não é um cheque em branco, num tempo muito difícil tanto na situação política interna do partido, como ao nível de governação, mas isso vai retemperar o meu espírito. Nós vamos mudar", afirmou.

São Tomé e Príncipe tem prevista a realização de eleições legislativas, autárquicas e regional em outubro deste ano.

Jorge Bom Jesus lidera, desde as eleições de 2018, um Governo suportado no parlamento pela chamada 'nova maioria', composta pelo MLSTP (que elegeu 23 deputados) e pela coligação PCD-UDD-MDFM (cinco deputados). A Ação Democrática Independente, que estava até então no poder, foi o partido mais votado nas legislativas, obtendo 25 deputados, mas não conseguiu formar Governo.

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