Na sua intervenção, no ato de assinatura do acordo, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, Diamantino de Azevedo, disse que não é intenção da Endiama "desviar-se do seu objeto social primário, que é a atividade diamantífera".

Segundo Diamantino de Azevedo, a Endiama pretende com isso assumir uma responsabilidade histórica, que devia ter sido assumida há já bastantes anos.

"A atividade económica nas províncias das Lundas é muito dependente da indústria diamantífera e a atividade de recursos minerais é sempre uma atividade não renovável, ou seja, com o avanço da produção nós exaurimos as reservas e poderemos no futuro deixar de ter esta atividade por este motivo, mas também por motivos económicos a nível mundial", referiu Azevedo, na sua intervenção divulgada pela rádio pública angolana.

Por sua vez, o presidente do conselho de administração da Endiama, Ganga Júnior, disse que não se trata exclusivamente da produção agrícola, embora seja este o enfoque principal na província diamantífera da Lunda Norte, com a produção de palma.

Ganga Júnior disse que nas províncias da Lunda Sul e Moxico fruteiras e árvores de florestação de valor económico significativo são o foco e que, de forma intercalar, está também contemplada a produção de produtos alimentares que fazem parte da cesta básica.

Já o diretor-geral da RGC Holding, Mohamed Rajal, disse que o projeto vai atingir até 260.000 postos de trabalho diretos, com impacto nos agregados familiares de quase 1.6 milhões de habitantes.

Segundo o empresário, só na parte agrícola estarão garantidos 165.000 postos de trabalho, havendo igualmente a parte industrial e de serviços.

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