
Segundo o inquérito de conjuntura aos agentes económicos, no segundo trimestre deste ano o indicador económico mostrou que o clima de negócios é favorável, apesar de ainda continuar abaixo da média da série.
De acordo com o inquérito, a conjuntura é favorável em apenas dois dos setores, nomeadamente comércio em estabelecimentos e turismo.
No comércio, o indicador de confiança manteve a tendência ascendente do último trimestre, situando-se acima da média da série.
Nesse período, os preços de venda demasiado elevados e a insuficiência da procura foram os principais constrangimentos do setor referidos pelos inquiridos.
Já no turismo, o INE constatou que o indicador de confiança manteve a tendência ascendente do último trimestre, registando o valor mais alto dos últimos quatro trimestres consecutivos, evoluindo positivamente face ao trimestre homologo.
Neste setor, que garante 25% Produto Interno Bruto (PIB) do país e que foi fortemente afetado pela pandemia de covid-19, os empresários apontaram as dificuldades financeiras e a insuficiência da procura como principais obstáculos.
Se estes dois setores evoluíram positivamente, o mesmo não se pode dizer da construção, comércio em feira, indústria transformadora e transporte e serviços auxiliares aos transportes, todos com uma conjuntura desfavorável.
Na construção, o indicador contrariou a tendência ascendente do último trimestre, situando abaixo da média da série e evoluindo negativamente face ao mesmo período do ano 2020.
Os empresários indicaram a insuficiência da procura e a falta de materiais como sendo os principais constrangimentos do setor no segundo trimestre 2021, ainda segundo os dados do INE.
Quanto ao comércio em feira, o indicador de confiança manteve a tendência ascendente do último trimestre, no entanto, situa-se abaixo da média da série e evoluiu negativamente relativamente ao mesmo período do ano 2020.
O indicador de confiança inverteu a tendência descendente do último trimestre na indústria transformadora, dando sinais de recuperação, pese embora, estando abaixo da média da série.
Segundo os empresários, as frequentes avarias mecânicas nos equipamentos e falta de água e energia foram os principais constrangimentos do setor no segundo trimestre do ano.
A conjuntura foi também desfavorável nos transportes e serviços auxiliares aos transportes, em que o indicador inverteu a tendência ascendente do último trimestre, evoluindo negativamente face ao trimestre homólogo.
De acordo com os empresários inquiridos pelo INE, a insuficiência da procura e outros fatores (pandemia da covid-19) foram os principais constrangimentos do setor no período em análise.
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