Após a trajetória de subida dos últimos meses, a dívida pública, que atingiu 90% do PIB, caiu 0,9 ponto percentual em março face ao mês de fevereiro, redução que se deveu, entre outros fatores, ao resgate líquido da dívida e ao efeito do crescimento do PIB nominal, de acordo com a autoridade monetária brasileira.

A redução do endividamento representa um pequeno alívio para o Brasil, maior economia da América Latina, que vive uma grave crise fiscal agravada pela pandemia, que desencadeou gastos públicos na tentativa de amenizar os efeitos económicos da covid-19.

Apesar do aumento dos gastos, o défice nominal dos últimos 12 meses no Brasil caiu ligeiramente para 973 mil milhões de reais (cerca de 149,1 mil milhões de euros), o equivalente a 12,89% do PIB do país, face a 13,45% que representou em fevereiro, valor que continua a ser alto para os níveis de economias emergentes.

O Brasil fechou 2020 com défice nominal equivalente a 13,70% do PIB, o pior resultado desde 2001 e quase o triplo do registado em 2019 por conta desse aumento nos gastos, que também coincidiu com o colapso da arrecadação de impostos. 

CYR // JH

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