"Um Governo não cumprir um compromisso importante com o parlamento e o país, fazendo uma despesa tão avultada num setor tão opaco, num momento em que precisamos de tanto dinheiro para responder à crise social e económica, não fortalece nenhum ministro nem nenhum Governo", afirmou Catarina Martins no Porto, quando questionada pelos jornalistas sobre se o ministro das Finanças, Mário Centeno, sai fragilizado da polémica em torno do Novo Banco.

Catarina Martins considerou uma "falha grave" a injeção de dinheiro do Novo Banco, argumentando que existia o "compromisso do primeiro-ministro de tal não acontecer antes de serem conhecidos os resultados da auditoria" à instituição financeira, notando que "sobre isso ainda não houve nenhum pedido de desculpas ao país".

O Expresso noticiou na quinta-feira da semana passada que o Fundo de Resolução recebeu mais um empréstimo público no valor de 850 milhões de euros destinado à recapitalização do Novo Banco.

A notícia surgiu depois de António Costa ter garantido no mesmo dia no parlamento, no debate quinzenal, que não haveria mais ajudas até que os resultados da auditoria que está a ser feita ao Novo Banco fossem conhecidos.

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