
A taxa de desemprego no trimestre móvel encerrado em junho também apresentou uma queda de 1,8 ponto percentual face ao trimestre de janeiro a março, quando foi de 11,1%.
No Brasil, maior economia da América Latina, a falta de trabalho atinge ainda 10,1 milhões de pessoas, que relataram estarem a procurar emprego sem encontrar.
Desde a última década, a taxa de desemprego no Brasil é divulgada mensalmente, mas considera-se como referência o trimestre móvel com os meses anteriores ao período reportado.
A atual taxa de desemprego, abaixo de dois dígitos, é o melhor resultado apresentado no Brasil desde 2015, quando o país registou 8,4% de desempregados.
A coordenadora de Trabalho e Desempenho do IBGE, Adriana Beringuy, apontou num comunicado que a redução do desemprego confirma uma tendência favorável iniciada há um ano.
"A retração da taxa de desemprego no segundo trimestre segue um movimento já observado em outros anos. Em 2022, porém, a queda mais acentuada dessa taxa foi causada pelo avanço significativo da população ocupada em relação ao primeiro trimestre", disse Beringuy.
Em junho, a população ocupada totalizou 98,3 milhões de trabalhadores, o equivalente a 56,8% da população economicamente ativa no Brasil e um aumento de 9,9% (8,9 milhões de pessoas) face ao mesmo período de 2021.
O número de trabalhadores com contrato formal de trabalho no setor privado, sem incluir os trabalhadores domésticos, atingiu 35,8 milhões de pessoas em junho, o que representa um aumento de 2,6% face ao trimestre anterior encerrado em março e de 11,5% (3,7 milhões de pessoas) no acumulado do ano.
O rendimento médio dos trabalhadores brasileiros ficou em 2.652 reais por mês (cerca de 502 euros) em 30 de junho, o que representa estabilidade face ao trimestre móvel anterior e uma queda de 5,1% em relação ao mesmo período de 2021.
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