Segundo os dados, registou-se um aumento de 19,8% (2,4 milhões) no número de pessoas procurando trabalho sem encontrar no país face a igual trimestre do ano anterior, quando o desemprego atingia 11,9 milhões de brasileiros.

Embora a taxa de desemprego tenha ficado estável em 14,2% na comparação com o trimestre imediatamente anterior e encerrado em outubro de 2020, quando estava em 13,9%, esta foi a mais alta taxa de desemprego para um trimestre até janeiro já registada pelo IBGE.

Já em relação ao mesmo trimestre móvel de 2020 (11,2%), a subida foi de 3 pontos percentuais.

O órgão responsável pelas estatísticas do Governo brasileiro também indicou que o contingente de pessoas com trabalho aumentou 2% e chegou a 86 milhões.

Isso representa a inclusão de 1,7 milhão de pessoas no mercado laboral na comparação com o trimestre encerrado em outubro de 2020.

A maior parte desse aumento veio da população com vínculo informal, ou seja, pessoas que trabalham de forma autónoma ou sem contrato de trabalho.

O número de empregados nestas condições no setor privado subiu 3,6% no trimestre encerrado em janeiro face ao trimestre imediatamente anterior, o que representa um aumento de 339 mil pessoas.

Já os trabalhadores por conta própria aumentaram em 4,8% no mesmo período, totalizando 826 mil pessoas a mais.

Com isso, a taxa de trabalhadores informais no Brasil no trimestre encerrado em janeiro foi de 39,7%.

Indicadores divulgados no país têm mostrado uma queda no ritmo da atividade económica e da confiança de empresários e consumidores neste começo de ano durante o agravamento da pandemia de covid-19, que já matou mais de 317 mil e infetou pelo menos 12,6 milhões de pessoas no Brasil.

Especialistas avaliam que o mercado de trabalho no Brasil só deverá registar melhoria consistente no segundo semestre com o avanço da vacinação e se houver uma redução das incertezas económicas.

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