"Foram cobradas receitas do Estado no valor de 236 mil milhões de meticais (2,5 mil milhões de euros), equivalentes a 110% da previsão anual, tendo sido realizadas despesas totais que atingiram o montante de 337 mil milhões de meticais (3,7 mil milhões de euros), correspondente a 90% do orçamento anual", lê-se no documento - ou seja, o défice foi de 101 mil milhões de meticais (cerca de 1,2 mil milhões de euros).

O Balanço do Plano Económico e Social em 2020 publicado no portal do Ministério da Economia e Finanças mostra a execução do OE do último ano, aprovado em abril e revisto em setembro para acomodar o impacto da covid-19.

Para a cobertura do défice, o Estado recorreu a 70 mil milhões de meticais (768 milhões de euros) de financiamento interno e 59 mil milhões de meticais (647 milhões de euros) de financiamento externo.

Depois de mobilizados todos os recursos, a execução do OE terminou com um saldo de cerca de 29 mil milhões de meticais (318 milhões de euros).

Parte do montante corresponde "ao desembolso de crédito externo", no caso, "à Facilidade Rápida de Crédito do Fundo Monetário Internacional (FMI) para apoio ao OE no âmbito da pandemia do COVID -19.

Parte diz ainda respeito ao saldo dos projetos financiados com recurso a mais-valias cobradas no exercício de 2019 e a alguma receita cobrada nos últimos dias do mês, acrescenta o balanço.

Moçambique tem um total acumulado de 599 mortes e 56.160 casos, 64% dos quais recuperados e 222 internados.

O impacto da covid-19 fez com que o Produto Interno Bruto (PIB) moçambicano regredisse 1,28% em 2020, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) moçambicano.

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