O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, voltou a admitir que a corrupção implantada nas instituições públicas mina os esforços para o desenvolvimento, prometendo ações concretas e pedindo esforços coletivos na luta contra a corrupção.

“Persistem muitos obstáculos que ameaçam o nosso desenvolvimento. Um dos obstáculos é a corrupção, um fenómeno que enfraquece as instituições públicas e privadas, por isso, vamos intensificar o reforço dos mecanismos de combate a corrupção nas instituições públicas, nas empresas públicas, incluindo no sector privado”, declarou o chefe do Estado moçambicano, ao discursar no agora Estádio da Independência Nacional, nas cerimónias das celebrações dos 50 anos de independência.

“O futuro de Moçambique deve ser construído sobre valores da honestidade, de integridade, justiça, inclusão, boa governação, ética, moral e combate à corrupção, uma exigência moral, patriótica e geracional. O nosso povo ou cada um de nós tem que ter vergonha de ser corrupto ou corruptor”, acrescentou Daniel Chapo.

Além da corrupção, o Presidente moçambicano apontou os desastres naturais, ataques rebeldes e as constantes instabilidades pós-eleitorais como outros factores que minam o desenvolvimento do país, indicando que a sua governação está, entretanto, focada na criação de bases para a independência económica.

“Queremos que nos próximos anos cada moçambicano não passe fome por falta de alimentação adequada em todo o momento que tiver necessidade. Queremos um Moçambique com uma população saudável, suficientemente capacitada, em especial a juventude e a mulher, participando de forma ativa na criação da riqueza e prosperidade para as famílias e o país”, disse o chefe do Estado moçambicano.

Daniel Chapo, citado pela Lusa, pediu ainda a criação de um ambiente de paz para assegurar um futuro de uma economia robusta, onde há “exploração transparente dos imensos recursos naturais que Moçambique possui na terra, no solo, subsolo e no mar”.

“Queremos um Moçambique com instituições públicas cada vez mais fortes e eficientes, desburocratizadas, transformadas em facilitadoras do ambiente de negócios e sem corrupção”, apontou, acrescentando que deseja um país “reconciliado e moralizado, livre do crime organizado, como branqueamento de capitais, raptos, tráfico de drogas, corrupção, entre outros males que devem ser combatidos severamente”.