Segundo o indicador de confiança no consumidor, nos últimos três meses do ano passado, registou-se um ligeiro aumento da confiança das famílias cabo-verdianas, mas mesmo assim esse indicador é ainda inferior ao mesmo registado no mesmo período de 2019.

"Este resultado justifica-se basicamente pela apreciação negativa das famílias sobre a sua situação financeira e a situação económica do país para os próximos 12 meses, relativamente ao trimestre homólogo", explicou o INE.

De acordo com as famílias inquiridas, nos últimos 12 meses, tanto a situação económica do seu lar como a situação económica do país evoluíram positivamente relativamente ao trimestre homólogo.

Ainda segundo os dados daquele instituto cabo-verdiano, tanto os preços de bens e serviços como o desemprego no país aumentaram relativamente ao mesmo período do ano 2019.

Quanto à poupança, a maior parte dos inquiridos (86,3%) no quarto trimestre do ano de 2020 considerou que a atual situação económica do país ainda não permite poupar dinheiro, um aumento de 3,0 pontos percentuais em relação ao período homólogo.

"De realçar que 10,8% dos inquiridos afirmaram ser possível poupar algum dinheiro com a atual situação económica do país sendo que, no trimestre homólogo, era de 16,4%, apresentando um decréscimo de 5,6 pontos percentuais", sublinhou o INE.

Para os próximos 12 meses, os inquiridos disseram que tanto a situação financeira das famílias como a situação económica do país deverão evoluir negativamente em comparação com o trimestre homólogo.

E também tanto os preços de bens e serviços como o desemprego deverão diminuir face ao trimestre homólogo, ainda segundo o mesmo estudo do Instituto Nacional de Estatísticas de Cabo Verde.

No mesmo inquérito, 73 em cada 100 entrevistados afirmaram ter a certeza absoluta que não tencionam comprar um carro nos próximos dois anos enquanto 22,3% afirmaram que provavelmente irão construir ou comprar uma casa.

 

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