"Quanto a quem fala do desaparecimento da TAP, eu, enquanto especialista, não posso apoiar esse desaparecimento, porque a TAP serve destinos críticos para o país, não só nas ilhas, mas na diáspora espalhada pelo mundo", defendeu a responsável, que foi ouvida esta tarde pelos deputados da comissão eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença covid-19 e do processo de recuperação económica e social, numa sessão que decorreu em inglês e com o recurso a um tradutor.

"Isto é uma missão que nós queremos cumprir de forma rentável e sustentável. Este serviço faz parte da nossa natureza. É preciso não esquecer que representamos comunidades que estão ligadas a um país por uma companhia aérea", respondeu desta forma a presidente executiva que assumiu funções em junho a uma pergunta da deputada do grupo parlamentar do CDS-PP Cecília Meireles, que quis saber a opinião da engenheira aeronáutica francesa relativamente à hipótese de se 'deixar cair' a TAP, em vez de se direcionar fundos públicos para o seu auxílio.

A responsável da companhia aérea lembrou que há um plano que está já a ser aplicado na empresa, que inclui a redução de custos e aumento do rendimento, que "já está a dar resultados positivos".

Na sua intervenção inicial, Christine Ourmières-Widener citou também um estudo realizado a pedido da TAP, que indica que a empresa venha a ter um impacto de 10 mil milhões de euros no Produto Interno Bruto (PIB) português até 2030.

A responsável tem em mãos a tarefa de executar o plano de reestruturação da companhia aérea, proposto à Comissão Europeia em dezembro do ano passado, mas que ainda não recebeu 'luz verde'.

MPE // MSF

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