
A inflação em agosto foi 0,09% menor que a alta de preços registada em julho (0,96%). Em agosto do ano passado, a variação mensal foi de 0,24%.
No ano, a inflação brasileira acumula alta de 5,67%, acima do teto da meta do Governo, que é de 3,75%, com margem de tolerância de dois pontos percentuais para baixo ou para cima.
Nos últimos 12 meses a alta de preços no país soma 9,68%, a maior desde fevereiro de 2016 e acima dos 8,99% registados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados subiram em agosto, com destaque para os transportes, que teve a maior subida de preços puxado pelos combustíveis, que registou a maior variação (1,46%) e o maior impacto de 0,31 ponto percentual no índice geral.
"O preço da gasolina é influenciado pelos reajustes aplicados nas refinarias de acordo com a política de preços da Petrobras. O dólar, os preços no mercado internacional e o encarecimento dos biocombustíveis são fatores que influenciam os custos, o que acaba sendo repassado ao consumidor final", explicou André Filipe Guedes Almeida, analista do IBGE.
No ano, a gasolina acumula alta de 31,09%, o etanol 40,75% e o diesel 28,02% no Brasil.
O grupo alimentação e bebidas também impactou a inflação, após alta de 1,39%.
A forte alta dos preços nos últimos meses levou o Banco Central brasileiro a elevar as taxas de juros, que hoje estão em 5,25%.
No entanto, as taxas devem continuar subindo para conter a alta da inflação nos próximos meses, que o mercado espera encerrar o ano em 7,58%.
CYR // PJA
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