
O saldo positivo foi resultado da diferença entre as 2.013.143 contratações e as 1.684.636 demissões registadas em fevereiro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho brasileiro.
Embora os números sejam os melhores para um mês desde agosto passado, quando o país abriu 383.096 novos empregos, houve desaceleração na geração de empregos face a fevereiro de 2021, quando foram criados 397.463 empregos formais.
Em fevereiro passado, o país registou 41.157.217 vínculos formais ativos, o que representa um crescimento de 0,80% face ao mês imediatamente anterior.
Segundo o Ministério do Trabalho, a geração de empregos no Brasil foi impulsionada pelo setor de serviços, que gerou 215.421 novos postos de trabalho, embora tenha sido registado saldo positivo de vagas em todos os cinco grupos de atividades económicas investigados pela pasta.
No acumulado do primeiro bimestre do ano, o Brasil, maior economia da América Latina, tem saldo positivo de 478.862 empregos formais gerados, o que representa uma redução substancial (-26,5%) face ao acumulado do primeiro bimestre de 2021.
O desempenho positivo do mercado laboral brasileiro nos últimos meses coincide com uma ligeira queda do desemprego, que caiu para 11,2% em janeiro e voltou aos níveis anteriores à pandemia do novo coronavírus, que chegou ao país em fevereiro de 2020, mas que ainda representa um contingente de cerca de 12 milhões de desempregados.
O aumento da criação de emprego é atribuído à reativação das atividades económicas após a suspensão das medidas restritivas impostas para combater a pandemia, que levou a uma contração económica de 3,9% em 2020.
Em 2021, o Brasil recuperou e encerrou o ano com crescimento de 4,6% em seu Produto Interno Bruto (PIB), embora fatores como inflação alta e a constante subida dos juros ameacem uma recuperação mais robusta da economia, que deve permanecer estacionada em 2022, segundo especialistas.
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