A francesa Total e o consórcio formado pela multinacional anglo-neerlandesa Shell e a colombiana Ecopetrol aceitaram a maior parte da licitação, ganhando oito poços na bacia de Santos, localizada na costa do estado de São Paulo, por 415,2 milhões de reais (81,44 milhões de euros).

Apesar do elevado número de empresas qualificadas para participar na disputa, organizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), apenas 14 empresas apresentaram propostas para os blocos exploratórios, distribuídos por sete bacias, cinco das quais em terra e duas no mar.

O Governo brasileiro também estimou que, com as concessões, o valor total dos investimentos deveria ascender a 406,2 milhões de reais (cerca de 79,68 milhões de euros).

Embora apenas cerca de 15% dos 379 blocos oferecidos tenham recebido ofertas das empresas participantes, o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, descreveu o leilão como um "sucesso".

"O resultado foi excecional em termos dos próprios números", mas "mais importante do que o sucesso deste leilão, na minha opinião, do ponto de vista do Governo, é a consolidação dos leilões de fornecimento permanente", sublinhou, em conferência de imprensa.

Esta foi a primeira oferta da ANP em 2022 e a terceira Oferta Permanente no país, que estabelece um novo modelo de licitação em que o Brasil oferece permanentemente, sem limitação de tempo para exploração, uma carteira de áreas de exploração e campos maduros com o objetivo de atrair empresas.

Este foi o melhor resultado para uma Licitação Permanente desde que a primeira licitação sob este modelo foi realizada, em 2019.

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