A russa Rosneft, uma das grandes petrolíferas a nível mundial, abriu a subir 12,43%, após ter fechado o dia anterior a perder 47,04%.

O barril de petróleo Brent, de referência na Europa, voltou hoje a subir na abertura do mercado e chegou aos 100 dólares, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia, o segundo maior produtor mundial de petróleo.

Também o banco Sberbank, um dos alvos das sanções ocidentais, tinha caído 57% na quinta-feira, mas hoje abriu a sessão na bolsa russa a recuperar 9,5%.

Devido às tensões militares entre a Rússia e a Ucrânia nas últimas semanas, o índice MOEX perdeu 28,59% no último mês e 33,4% no último ano.

O Banco Central da Rússia garantiu hoje que, juntamente com o Governo, vai dar o apoio necessário aos bancos sancionados pelo Ocidente.

"O Banco da Rússia e o governo da Federação Russa fornecerão o apoio necessário aos bancos que sofreram sanções dos estados ocidentais", disse a entidade monetária em comunicado divulgado.

Esta assistência diz respeito, em particular, aos bancos VTB, Sovcombank, Novikombank, Otkritie Financial Corporation, Promsvyazbank e JSC CB Russia, bem como ao Sberbank.

"Todos os bancos desenvolveram um plano de medidas com antecedência para garantir uma operação ininterrupta perante as sanções, e avaliamos esses planos conforme apropriados à situação", observou o Banco da Rússia.

Segundo a instituição, todas as operações bancárias serão realizadas em rublos, os serviços correspondentes serão fornecidos a todos os clientes, como habitualmente, e serão mantidos os fundos de clientes em moeda estrangeira.

"O Banco da Rússia está pronto para apoiar os bancos com fundos em rublos e moeda estrangeira", afirmou no comunicado.

A Rússia lançou na madrugada de quinta-feira uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.

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