
"Decidi constituir uma comissão independente para avaliar a atuação do BDP enquanto entidade de supervisão bancária", sublinhou Carlos Costa na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES), onde está hoje a ser ouvido.
A comissão, prosseguiu, integra "consultores externos especializados, com experiência internacional", e "funciona de forma independente do conselho de administração" do regulador.
"Pretende-se que sejam apuradas oportunidades de melhoria na organização e nos processos de supervisão e identificadas iniciativas que permitam reforçar a eficácia da supervisão do sistema financeiro português", acrescentou ainda Carlos Costa.
A comissão de inquérito teve a primeira audição a 17 de novembro passado e hoje, para além de Carlos Costa, foi escutado o presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares.
A última audição prevista para a comissão de inquérito é a da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, que prestará novo depoimento perante os deputados na quarta-feira.
Os trabalhos dos parlamentares têm por objetivo "apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades".
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