
O chamado Índice de Atividade Económica do Banco Central (IBC-Br), usado pelos economistas para projetar mensalmente as tendências sobre o Produto Interno Bruto (PIB), mostrou que em relação a fevereiro do ano passado, o índice de atividade económica obteve uma ligeira alta de 0,60%, enquanto nos últimos 12 meses subiu 0,66%.
Os dados, no entanto, não incluem os efeitos da crise do novo coronavírus na economia do país sul-americano, que segundo projeções dos analistas de mercado deve entrar em recessão neste ano.
Uma pesquisa realizada pelo Banco Central brasileiro com quase cem analistas que trabalham em bancos e no mercado financeiro chamada boletim Focus, divulgada semanalmente, indicou que o PIB do Brasil deverá registar retração de 1,96% em 2020.
Já o Governo brasileiro está mais otimista e reduziu o crescimento da economia de 2,10% para 0,02% em 2020, enquanto o Banco Central do país reduziu a sua estimativa de crescimento de 2,2%, em dezembro, para zero em março, segundo o último relatório sobre a inflação divulgado pela autoridade monetária.
O coronavírus é um duro golpe para uma economia do Brasil que se recuperava lentamente da recessão registada nos anos de 2015 e 2016, quando o PIB do país caiu sete pontos percentuais.
Nos três anos seguintes, a economia encadeava resultados positivos (1,3% em 2017, 1,3% em 2018 e 1,1% em 2019) e a previsão inicial, antes da pandemia, era de que finalmente haveria um salto maior em 2020, com uma expansão de até 2,5% do PIB brasileiro.
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