O ministro saudita do Turismo, Ahmed Al Khateeb, em entrevista à agência de notícias espanhola Efe, defendeu que a OMT "não é forte, não é como a Unesco", outra das agências especializadas das Nações Unidas. "Se quisermos que o seja, sem um plano claro, não vamos conseguir", defendeu.

O governante lembrou que o transporte aéreo e a hotelaria, do setor do turismo, foram em todo o mundo os mais afetados pela pandemia da covid-19, defendendo haver necessidade de uma organização forte para liderar uma recuperação.

Fortalecer a organização vai exigir, segundo o ministro, uma grande coordenação e cooperação internacional que "esteve ausente durante grande parte dos últimos dois anos", e tornar mais eficientes e transparentes os métodos de trabalho para garantir benefícios reais e mensuráveis ?aos Estados membros.

Ahmed Al Khateeb disse que foi a iniciativa saudita de traçar um plano de fortalecimento da organização que levou Estados membros a solicitar a transferência da sede da OMT de Madrid para Riad, capital da Arábia Saudita, e que se se reuniu nos últimos oito meses com os homólogos de mais de 100 países.

Mas a ideia da mudança da sede não partiu do governo saudita, garantiu, mas dos países que entenderam que tê-la em Riad facilitaria a supervisão do desenvolvimento do plano em causa.

Quando o governo espanhol rejeitou a proposta de transferência da sede, os dois países concordaram em trabalhar juntos na proposta saudita, para apresentá-la à assembleia geral, que acaba de aprová-la.

O grupo, no qual todas as regiões estarão representadas, desenvolverá a estratégia da OMT para os próximos quatro anos, que apresentará ao seu conselho executivo dentro de três meses após o início dos trabalhos.

VP // JNM

Lusa/fim