
“Angola projecta-se cada vez mais como um destino atractivo para o investimento internacional, com destaque especial para o sector do turismo”, que o Governo colocado actualmente no centro da sua estratégia de desenvolvimento económico, assegurou esta Segunda-feira, 02, em Lisboa, o ministro do Turismo, Márcio Daniel.
Segundo o governante, que discursava no encerramento da da 3.ª edição da conferência Doing Business Angola – evento organizado pela Forbes África Lusófona e pelo Jornal Económico, “o país dos próximos 50 anos de independência não poderá continuar a ser a Angola do petróleo e dos diamantes”. ““É neste contexto que a agricultura, o turismo e os serviços apresentam-se como o petróleo verde e azul que deverão ser as âncoras da diversificação da economia”, disse.
De acordo com Márcio Daniel, nos próximos 50 anos, as jovens e os jovens angolanos, não querem continuar a dizer: Angola é um país com grande potencial. “Não queremos ser um país com grande potencial, queremos ser uma grande potência”, ambicionou o ministro, acrescentando que é este desafio que não deve ter uma resposta monocórdica, deve desenhar-se de forma policromática com todos cidadãos.
Entretanto, indicou que a Angola para os próximos 50 anos deve criar condições para que não existam diferenças na titularidade das melhores ideias de negócios, os empreendedores mais resilientes e as equipas mais coesas e a titularidade das grandes fortunas.
O governante referiu ainda que “a economia de enclave não diversifica as elites económicas”. Pelo contrário, “concentra as oportunidades de crescimento empresarial e pessoal à volta de quem tem acesso a este segmento de mercado”.
O turismo, enfatizou o ministro, é a nova fronteira económica de Angola, uma fronteira de crescimento verde, culturalmente enraizado, sustentável e com forte impacto social. “Por isso, lanço daqui um apelo firme e confiante: invistam no sector do turismo em Angola. Invistam em hotéis, eco-resorts, parques temáticos, serviços turísticos, formação profissional e tecnologia aplicada ao turismo. Sejam pioneiros na transformação de um país com imenso potencial natural e humano”, apelou.
Por outro lado, Márcio Daniel destacou que o papel do Estado não se presta a dúvidas. “Preconizamos um Estado amigo do investimento e do investidor, um Estado que faça do sucesso económico dos privados não só sua missão, mas, também, sua obsessão, um Estado que esteja preocupado e ocupado em remover todas as barreiras burocráticas que se intrometam no caminho do lucro do sector privado”, destacou.
O governante angolano considerou o turismo como “a grande aposta do sector”, assegurando que no plano político a decisão está tomada e passou pela criação de um novo ministério e a sua inserção na equipa económica do Governo, com a isenção de vistos para cerca 100 países, incluindo os principais exportadores mundiais de turistas.
“O Ministério do Turismo está de portas abertas para acolher, apoiar e facilitar cada proposta de investimento. Estamos disponíveis para construir, com os investidores internacionais, um turismo moderno, competitivo e que orgulhe todos os angolanos”, finalizou.