O Governo angolano, através da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), está a preparar um novo plano de atribuição de concessões de blocos petrolíferos 2026-2030.

A informação foi avançada nesta Quinta-feira, 05, em Luanda, o presidente do conselho de administração da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Paulino Jerónimo.

O responsável, que falava durante o Fórum de Exploração Onshore 2025, assegurou que a meta é acelerar o próximo ciclo de descobertas, consolidando Angola como destino exploratório no continente africano.

“Está assegurada a estabilidade legal, contratual e fiscal, o que significa a existência de condições necessárias para atrair parceiros de excelência”, garantiu o PCA, destacando as bacias do Congo, Kwanza, Benguela e Namibe, bem como às bacias interiores do Cassanje e do Etosha-Cuvelai.

Estas duas últimas, pela sua vasta extensão, admitiu, representam actualmente os maiores desafios em termos técnicos e operacionais.

“A nossa motivação é contribuir activamente para a construção de um futuro mais robusto e sustentável para a indústria angolana dos hidrocarbonetos. Alicerçamo-nos no conhecimento partilhado, na cooperação estratégica e na coragem de explorar novos horizontes”, indicou.

De forma detalhada, Paulino Jerónimo explicou que desde a primeira indicação da existência de petróleo em Angola, passando pela descoberta comercial no Campo de Benfica, em 1955, até às conquistas mais recentes em águas profundas e ultra-profundas nos Blocos 14, 15/17, 18, 31 e 32, Angola e os seus parceiros têm evidenciado visão estratégica e competência técnica na valorização do seu potencial energético.

“Vivemos um tempo particularmente exigente. A actual taxa de reposição de reservas impõe acção imediata. A maturação dos campos tradicionais exige inovação contínua, nomeadamente através da produção incremental e da exploração nas zonas de desenvolvimento adjacente”, disse.

Com isso, de acordo ainda com o presidente do conselho de administração o torna-se imperioso que o avanço técnico seja acompanhado pela implementação de modelos contratuais mais inovadores, que tornem o investimento exploratório atrativo,  sobretudo em zonas remotas e de difícil acesso, como as bacias interiores.

Paulino Jerónimo assumiu que a ANPG tem promovido novas oportunidades de exploração com as entidades na aprovação de projectos petrolíferos, flexibilidade numa definição de termos contratuais e fiscais e pragmatismos em encontrar soluções para os investidores.

Os resultados deste esforço, destacou, são visíveis, tanto na permanência de operadores históricos como na entrada de novos actores no mercado nacional.

Nesta actividade, segundo considerou, “acreditamos que as pequenas e médias empresas têm um papel fundamental a desempenhar, criando valor local e posicionando-se como agentes de transformação do novo ciclo exploratório angolano”.

Entretanto, o director de exploração da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Lúmen Sebastião, afirmou que tem existido grandes desafios no onshore, como dificuldades de acesso em algumas áreas, que obrigam levar em consideração o ambiente, sem conflitos com as outras actividades que são desenvolvidas no mesmo ecossistema.