"A mensagem central é que de tudo aquilo que é dito há sempre uma esperança de que as coisas possam ser alteradas relativamente ao que se foi passando, mas o que é desesperante concluir é que desde 2012 até à atualidade há uma repetição das mesmas questões fundamentais e que, particularmente na legislatura de 2012 a 2017, não houve praticamente quaisquer alterações, isso é terrível, estar a bater nas mesmas teclas, reconhecendo os problemas, identificando-as, e ser como estar a mandar à barro à parede sem se ligar nada", disse Manuel Ennes Ferreira.

Falando à Lusa na véspera da apresentação, em Lisboa, do livro em coautoria com Alves da Rocha, com o título 'Angola - Dois Olhares Cruzados', Ennes Ferreira salienta que "é desesperante e frustrante ler as crónicas e ter uma sensação de 'deja vu'" e aponta que os mesmos temas "aparecem em 2012, em 2015 e em 2018 e isso não é nada bom".