
Num comunicado, a empresa disse que a última operação do processo consistia em transferir a atividade para a plataforma tecnológica e operacional do Abanca, uma ação que foi concluída sem incidentes.
O processo envolveu a migração de 260.929 contratos e agora os clientes do Novo Banco português podem operar normalmente, tanto pessoalmente na rede de agências do Abanca, como através dos canais bancários remotos.
A migração tecnológica põe fim a um processo que começou em abril de 2021 com o anúncio do acordo preliminar entre o Abanca e o Novo Banco para a compra e venda do negócio deste último em Espanha.
"A transação reforça o posicionamento do Abanca em Espanha, especialmente em Madrid, e em segmentos de negócio que são estratégicos para o banco, tais como o negócio da banca pessoal e privada e o negócio empresarial, especialmente em operações extrapatrimoniais e atividade no estrangeiro", disse o banco.
Acrescenta que o Novo Banco traz um potencial de crescimento em linhas como os seguros, que o Abanca afirma estar a crescer.
O processo envolveu uma equipa de mais de 300 profissionais e 12 grupos de trabalho de ambos os bancos.
No total, foram executadas 1.460 tarefas e três testes para completar a migração de 661 milhões de registos e 260.929 contratos.
Segundo o Abanca, a integração tecnológica traz vantagens significativas para os clientes do Novo Banco, que beneficiam de maiores capacidades tecnológicas, atenção pessoal numa rede de 624 balcões em Espanha e 678 em todo o mundo.
Implica também o acesso a 1.166 dos seus próprios ATM e outros 14.500 como resultado dos acordos com Euro 6000, juntamente com mais produtos e uma presença internacional em 11 países da Europa e das Américas.
Esta é a sexta operação deste tipo do Abanca desde 2014, quando integrou o Banco Etcheverría; em 2017 fez a compra da Popular Servicios Financieros; em 2018 adquiriu o Deutsche Bank PCB Portugal, e também em 2018 comprou à Caixa Geral de Depósitos (CGD) o seu banco em Espanha, o Banco Caixa Geral; enquanto que em 2020 houve a compra da Bankoa.
Entretanto, a Agência Estatal de Administração Fiscal espanhola cancelou a autorização do Novo Banco para atuar como entidade colaboradora na gestão de cobranças após a sua integração no Abanca, segundo o Boletim Oficial do Estado (BOE) espanhol.
A resolução do departamento do Ministério das Finanças e Função Pública foi emitida após a agência espanhola do Novo Banco ter comunicado a integração tecnológica e operacional no Abanca Corporación Bancaria.
Como resultado da fusão, a Agência Fiscal procedeu ao cancelamento da autorização número 0194 para atuar como colaborador na gestão da cobrança, correspondente ao banco.
Consequentemente, comunicou que o Novo Banco deve proceder ao "cancelamento imediato das contas restritas referidas no artigo 5.º da Portaria EHA/2027/2007, de 28 de Junho (BOE de 9 de julho)".
MC // EA
Lusa/Fim