
No ano em que iniciou o segundo mandato ao comando do Vitória, a direção liderada por Antonio Miguel Cardoso deu continuidade ao trabalho levado a cabo até então e, à semelhança do que protagonizou noutras janelas de mercado, já começou a realizar bons encaixes. O principal, para já, envolveu a saída de Filipe Relvas para o AEK a troco de 3,5 M?, numa operação que gerou uma mais-valia de 2,05 M? num ativo que tinha chegado ao clube nem há seis meses.
A venda do defesa-central saltou à vista pela rápida valorização, mas também porque, a nível geral, colocou a administração muito perto de atingir um número redondo em receitas relacionadas com transferências: nada mais, nada menos do que a fasquia dos 100 M?.
Desde que tomou posse, em 2022/23, a direção de António Miguel Cardoso já fez entrar nos cofres 92,379 M?, segundo os dados cruzados entre a informação disponibilizada no Transfermarkt e nos relatórios de mercado que a própria SAD tem vindo a publicar no final de cada janela.
A maior transferência foi a que levou Alberto para a Juventus no inverno de 2025, que resultou numa receita imediata de 12,5 M?, com possibilidades de atingir os 15 M?. Nessa mesma janela, Manu Silva rumou à Luz por 12 M?, mas o valor ainda pode subir para os 14 M?. Ibrahima Bamba e André Almeida renderam 8 M? cada um, enquanto Jota Silva permitiu a entrada de 7 M?. Somando a estes números todas as outras vendas, o resultado aproxima-se dos 100 M? em encaixes imediatos.
No entanto, a verdade é que essa fasquia pode até já ter sido ultrapassada, já que este levantamento não contempla os objetivos acordados em nenhum dos negócios.
Juan Castillo custa 700 mil euros
No outro lado da balança comercial, o prato relativo às compras está bastante mais leve. Em 3 épocas desportivas, o Vitória investiu apenas 22,7 M?, o que permite um resultado positivo de cerca de 70 M?. A aquisição mais recente foi a do guardião Juan Castillo, que, segundo apurou Record, motivou um investimento de 700 mil euros.
Chucho quase sem perda e a poder gerar mais-valia
A passagem de Chucho Ramirez pelo Vitória não foi tão bem-sucedida quando imaginado pelos responsáveis do clube. Contratado no verão de 2024, o avançado rumou ao Castelo com a expectativa de poder contribuir com muitos golos, mas esse cenário não se confirmou e o jogador acabou por ser revendido ao Nacional.
No entanto, neste dossiê em particular, a SAD do Vitória conseguiu garantir perdas quase nulas. Depois de comprar 50% do passe do jogador por 660 mil euros, o emblema minhoto transacionou os mesmos 50% por 600 mil euros. No fim das contas, Chucho ainda pode gerar mais-valia.