
Rúben Neves, médio da Seleção Nacional, afirmou, em declarações à Sport TV, que o golo da Alemanha devia ter sido anulado por fora de jogo de Woldemate, mas reforçou que a vitória frente à Alemanha foi uma demonstração de qualidade de Portugal.
«A meu ver, o golo devia ter sido anulado. Não merecíamos sofrer o golo. Mas reagimos muito bem e merecemos, sem dúvida, esta vitória», começou por dizer o médio do Al Hilal, que explicou as nuances táticas da partida, em que Portugal jogou com João Neves na direita da defesa: «Foi a estratégia de jogo. Com bola, o João tinha alguma liberdade para vir para dentro para criar alguma superioridade numérica. Sem bola, sabíamos que a Alemanha joga muito nos cruzamentos. Quando a bola estava do lado direito, a minha função era ajudar entre o João Neves e o Rúben Dias. Essa foi a estratégia que definimos para este jogo e acho que correu super bem, a Alemanha criou dois ou três lances de perigo, no máximo. A jogar fora de casa, numa meia-final, acho que foi um jogo extremamente bem conseguido e muito tático, às vezes é importante falar desse aspeto. Muitas vezes só se vê quando há bola e, sem bola, fizemos um jogo muito bom.»
Agora, o foco vira para a final. «Vamos fazer tudo para conseguir ganhar. É o nosso grande objetivo. Desde o primeiro jogo da fase de grupos, sabíamos que íamos ter qualidade para chegar à final. Conseguimo-lo e agora vamos focar nestes três dias para chegar bem a essa final», disse o médio. Sobre o adversário preferido... Rúben Neves nada disse: «Estas quatro seleções são as melhores da Europa neste momento. Portanto, não há muito por onde escolher. Temos de fazer como hoje, temos de olhar para nós. Fazer o que fizemos hoje, num Allianz Arena cheio contra a Alemanha e fizemos um excelente jogo. É nisso que temos de focar.»
Para Rúben Neves, foi uma demonstração de poder da Seleção Nacional. «Fomos claramente capazes. Portugal não ganhava à Alemanha há 25 anos e nós conseguimo-lo, numa meia-final na Alemanha. Acho que isso demonstra muito da nossa força. Em relação ao ruído, estamos mais que habituados. O ruído fica lá fora, não entra no balneário. Estamos focados em dar o nosso máximo pela Seleção. É esse o nosso objetivo: sair do campo e sentir que deixámos tudo lá dentro. Felizmente hoje conseguimos sair com a vitória», disse o jogador do Al Hilal, que concluiu com a certeza de que uma possível saída de Roberto Martínez não entra no balneário de Portugal: «Como disse há pouco, o ruído pouco nos afeta, não deixamos que nos afete em rigorosamente nada. O Chico [Conceição] mostrou que somos uma Seleção superunida, não importa quem esteja em campo, no banco. Os jogadores que têm entrado têm feito a diferença. Isso é muito importante como Seleção, sentimo-nos bastante unidos. Não deixamos que o ruído nos afete e hoje mostrámos isso, claramente.»