
Ruben Amorim realizou, esta terça-feira, a conferência de imprensa de antevisão à final da Liga Europa, disputada frente ao Tottenham. A responder às perguntas estiveram também Bruno Fernandes e Harry Maguire, dois dos capitães dos red devils.
O técnico luso confirmou os regressos de Joshua Zirkzee, Leny Yoro e Diogo Dalot para esta partida, mas confirmou uma baixa: «Eles recuperaram bastante bem. Obviamente que respeitamos o que o jogador pensa, mas fizemos força para regressarem porque eles queriam fazer parte da equipa. Estão limitados em termos de minutos para a partida, mas podem ajudar-nos a vencer. O De Ligt está fora.»
Amorim negou a possibilidade de haverem mais despedimentos caso o Manchester United perca: «Não é o caso. Por exemplo, vim dum clube que, para sobreviver e manter jogadores, precisava de estar na Liga dos Campeões. Aqui não é assim, o clube consegue gerar dinheiro sem a Liga dos Campeões, é uma enorme marca. Portanto, vejo as coisas dessa forma.»
Num momento de boa disposição entre treinador e jogador, Bruno Fernandes interrompeu a pergunta de um jornalista, que perguntava a Ruben Amorim se era um alívio não ter o trabalho em risco, ao contrário de Ange Postecoglou. O capitão do Manchester United afirmou que o Amorim também tem o emprego em risco, ao que o técnico português respondeu a dizer que o número «8» dos red devils «quer» o seu emprego.
«Ele será um treinador muito bom, mas tem que melhorar a sua mentalidade. Não sabe lidar com pessoas», acrescentou.
Respondendo à pergunta original, Ruben Amorim reforçou o projeto que quer construir em Manchester: «Sei que neste tipo de clubes, como o Tottenham, especialmente aqui, é estranho porque há alguns treinadores que perdem alguns jogos e são despedidos. É difícil explicar, acho que as pessoas veem o que queremos fazer, que às vezes penso mais no clube do que em mim. A direção entende que tivemos muitos problemas que, dentro do contexto, são muito difíceis. Não sei explicar como os fãs gostam de mim, neste momento.»
O técnico ex-Sporting revelou também que não pensa sobre a possibilidade de ser despedido: «Não me preocupo com isso, faz parte de ser treinador. Eu sei o que estou a fazer e expliquei tudo no início. Expliquei a tempestade que estava por vir, expliquei todos os problemas que temos à direção, e que manteria a ideia. Não podem apontar uma coisa que tenha dito para chegar ao cargo e depois mudei de ideias.»
«Os melhores 11 começam de início, mas acho que é importante ter opções no banco, para mudar o jogo. Às vezes são muito importantes para vencerem uma final. Não estou a pensar no prolongamento. Claro que há essa possibilidade, mas nunca pensamos nisso. No início do jogo, só quero ganhar o jogo rapidamente», concluiu o treinador português.