O equatoriano Richard Carapaz (EF Education-EasyPost) venceu a 11.ª etapa da Volta a Itália com um ataque tardio, a nove quilómetros da meta em Castelnovo ne' Monti, após um percurso montanhoso de 186 quilómetros com três subidas categorizadas na segunda metade do traçado, incluindo o terrível Alpe San Pellegrino (13,8 km a 8,8%) a cerca de 100 quilómetros da chegada.

Após uma longa e dura batalha para formar a fuga do dia, este gigante dos Dolomitas estilhaçou o pelotão sob o impulso de Egan Bernal (INEOS Grenadiers), que abriu as hostilidades entre os candidatos à classificação geral, mas o colombiano não demorou a perceber que os seus intentos eram demasiado precoces.

Pensou-se então que a vitória seria decidida entre os últimos cinco sobreviventes de um numeroso grupo em fuga, Lorenzo Fortunato (XDS Astana), Nairo Quintana (Movistar), Wout Poels (XDS Astana), Luke Plapp (Jayco AlUla) e Pello Bilbao (Bahrain Victorious), que chegaram a atingir mais de 2.40 minutos de vantagem já na segunda ascensão do dia, Toano, onde o italiano continuou a somar pontos para a classificação do melhor trepador.

Mas os fugitivos certamente não contariam com a insaciável equipa da Lidl-Trek, já vencedora em quatro etapas, e o autor de três sucessos, Mads Pedersen, líder da classificação Ciclamino (pontos), a condenar as pretensões do quinteto líder com um esforço de perseguição extraordinário, a abrir caminho para a candidatura dos seus companheiros Mathias Vacek e Guilio Ciccone.

No entanto, Richard Carapaz (EF Education - EasyPost) trocou as voltas à equipa norte-americana e lançou-se à conquista da sua quarta vitória no Giro com um ataque irresistível praticamente no início da última subida, Pietra di Bismantova (5,8 km a 5,8%) após um ataque impressionante.

O equatoriano terminou a etapa com dez segundos de vantagem sobre o grupo dos favoritos (a que o próprio pertence), liderado pelo camisola rosa Isaac del Toro (UAE Emirates), que se impôs ao sprint para alcançar o segundo lugar e consolidou a primeira posição da geral, com seis segundos de bonificação. O mexicano passa a dispor de 31 segundos de avanço sobre o companheiro de equipa Juan Ayuso, que o persegue na classificação geral. Além da vitória, Carapaz subiu três posições, para a sexta, a 1.56 minutos de Del Toro.

Embora não tenha conseguido recompensar o trabalho árduo de Pedersen, Giulio Ciccone (Lidl-Trek) ainda assim obteve o bonificado terceiro lugar (4 segundos), à frente de Tom Pidcock (Q36.5), Egan Bernal e de um grupo de 18 corredores, incluindo os 15 primeiros deste Giro.