
Ricardo Pereira deu uma entrevista ao Bola na Rede, onde falou sobre alguns guarda-redes portugueses, deixando elogios.
Ricardo Pereira, atual treinador de guarda-redes do Al Ain, deu uma entrevista exclusiva ao Bola na Rede, na qual falou sobre os atuais guarda-redes portugueses, assumindo que não existe falta de qualidade na posição, defendendo a existência de uma aposta mais consistente por parte dos clubes:
«O guarda-redes português é vítima daquilo que é um contexto. Somos dos países que mais importam guarda-redes. Nós olhamos e, seja pela proximidade da língua, somos provavelmente dos países da Europa com mais guarda-redes brasileiros. Atenção, eu considero o guarda-redes brasileiro um dos mais interessantes que existem hoje em dia, porque há uma escola de trabalho. Temos em Alisson e Ederson dois dos melhores guarda-redes do mundo, na minha opinião. Com isto fecham-se porta e uma coisa leva a outra. Se tu não jogas, não apareces. Se não apareces, diz-se que é porque não tens capacidade. Vamos estancando alguns nomes e o que é o desenvolvimento do guarda-redes. Temos bons guarda-redes. O que o José Sá está a jogar na Premier League, depois do seu trajeto. Ver o que o Rui Silva teve que fazer para chegar ao Sporting. Saiu do nosso país, fez todo o seu trajeto para depois poder regressar. Não há falta de qualidade, não é por falta de qualidade no treino. Temos muitos jovens apaixonados pelo treino do guarda-redes. O treino do guarda-redes está a evoluir e a crescer. Isto tem tudo a ver com os contextos de aposta. Repara, vamos dar exemplos concretos. Quando o Ricardo Velho foi aposta, ele mostrou a capacidade que tem. Quando houve aposta em consistência em Bruno Varela, veem-se as épocas que tem feito no Vitória SC. Sempre que foi dada uma oportunidade ao Samuel Soares, ele apareceu como apareceu. A qualidade está lá. Se calhar há uma tolerância muito maior ao erro do Trubin, por exemplo, que vai haver ao erro do Samuel, que está proibido de errar, de modo a continuar a ser aposta. Quando há apostas consistentes, como nos casos de Rui Patrício e Diogo Costa, eles vão por aí fora e ambos tornaram-se titulares da nossa seleção. Não acho que haja qualquer falta de qualidade, mas sim falta de aposta e da mesma tolerância ao erro que há com o estrangeiro».
Podes ler AQUI a entrevista completa a Ricardo Pereira.