
O jovem futebolista Geovany Quenda desfaz-se em elogios a Ruben Amorim, Rui Borges, Rodrigo Mora, Cristiano Ronaldo e Viktor Gyökeres, agradecendo a todos o contributo para o seu crescimento.
Aos 18 anos, após conquistar o título de campeão nacional com 34 jogos disputados na Liga Betclic, Geovany Quenda demonstra o afeto que sente por todos quantos foi questionado, em entrevista à agência Lusa, na Academia do Sporting, em Alcochete.
O primeiro da lista é Ruben Amorim. O atual treinador do Manchester United apostou no extremo desde o início da época, estreando-o a ala direito na Supertaça Cândido de Oliveira, que perdeu frente ao FC Porto, por 4-3, no prolongamento, depois de liderar por 3-0.
"Tenho um carinho especial por ele. Foi ele que acreditou em mim e me trouxe para jogar na melhor equipa de Portugal", frisou.
O antigo treinador dos leões, que comandou o Sporting nas primeiras 11 jornadas da edição 2024/25 da Liga Betclic, conseguindo outras tantas vitórias, não é apenas uma pessoa especial para Quenda, é o principal responsável pelo que já fez no futebol.
"Só uma pessoa especial, não. Acreditou em mim desde o ano passado, quando me convocou duas vezes para a equipa principal. Acho que foram dos momentos mais importantes da minha vida. Só tenho a agradecer ao mister", referiu o extremo, antes de Amorim perder a final da Liga Europa, frente ao Tottenham, por 1-0.
João Pereira foi o sucessor de Amorim e, apesar do triste desfecho, Quenda justificou-o com o peso da herança: "Da forma que nós estávamos, ia ser difícil para qualquer um. Nós estivemos com o João Pereira, mas não correu da melhor forma. Só tenho de lhe desejar boa sorte".
O ano de 2025 começou já com Rui Borges no comando técnico leonino e o simbolismo da sua chegada, estreando-se com uma vitória em casa por 1-0 frente ao Benfica, para a 16.ª jornada.
"O mister Rui [Borges] esteve connosco e acho que foi muito importante a forma como chegou, logo num dérbi, em que conseguimos a vitória. Conseguiu subir a equipa e acho que isso foi o mais importante. Fez-nos acreditar. Teve de se adaptar à nossa tática, o que não era fácil, porque ele jogava numa diferente, mas foi preciso para conseguirmos boas coisas", recordou.
Continuando a sua senda de elogios e agradecimentos, Geovany Quenda destacou a exigência do avançado sueco Viktor Gyökeres - "é muito exigente e tenho de estar focado em melhorar" - e agradeceu ainda os conselhos do "melhor do mundo, Cristiano Ronaldo", que conheceu no estádio da Seleção principal.
"Disse-me para trabalhar, para continuar a trabalhar, que sou muito novo e ainda vai acontecer muita coisa na minha vida", referiu.
O próximo acontecimento, ainda antes de disputar a sua primeira final da Taça de Portugal, no domingo, frente ao Benfica, deve passar pela convocatória para a fase final do Campeonato da Europa de sub-21, hoje, por Rui Jorge.
"Não é um passo atrás. Gostava de ser convocado, claro, e só me compete trabalhar, ajudar os colegas e dar o meu melhor seja onde for", rematou.
Quenda também enalteceu a amizade com o companheiro de geração Rodrigo Mora, que se estreou na convocatória da seleção portuguesa, para a Liga das Nações, tal como o extremo verde e branco, que ainda não foi utilizado por Roberto Martínez e agora ficou de fora.
"[O Rodrigo] Não é rival. Somos amigos, ele que continue a fazer boas coisas, que merece muito. Estivemos juntos na seleção [de sub-17, que perdeu a final do Europeu de 2024]", recordou, sem esconder a surpresa pela afirmação de ambos na presente temporada, na qual Mora assinou 10 golos em 23 jogos pelo FC Porto.
Na véspera de disputar a sua primeira final da Taça, Quenda recorda como viveu a da época passada, à distância, na companhia de Mora.
"No ano passado estávamos a ter conversas sobre a final da Taça, no Chipre, fizemos uma aposta e acabou por ganhar o FC Porto, mas desejo-lhe tudo de bom para ele", prosseguiu o jovem do Sporting.