"Ver esta plateia repleta de jogadores e jogadoras é a verdadeira razão da existência do futebol. O futebol existe porque existem jogadores, são a centralidade da existência do futebol. Uma palavra de reconhecimento pelo trabalho que o Joaquim e a sua direção têm feito. Se hoje somos mais fortes e temos grandes seleções, é porque hoje existe um sindicato com visão estratégica para o futebol português", começou por dizer Pedro Proença na apresentação do Estágio do Jogador e da Jogadora, esta quinta-feira de manhã, no Campus do Jogador, em Odivelas.

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) continuou focando-se no passo que está a ser dado para o constante crescimento do futebol feminino. "Pontapé de saída num projeto que se iniciou há 23 anos para os homens, mas que agora inclui as mulheres. Parabéns pela visão e a forma como tens [Joaquim Evangelista] olhado para o futebol português. O presidente do sindicato não é uma pessoa fácil na mesa das negociações e o que o sindicato verdadeiramente conseguiu em prol dos jogadores é absolutamente extraordinário. O Joaquim tem esta capacidade de olhar em frente. A mulher passou também a ser a centralidade. O sindicato está a fazer o seu trabalho ao desenvolver o seu plano estratégico para que diversas fases devam acontecer. Ao Sindicato, a Federação está sempre ao seu lado. O futebol feminino está numa fase de crescimento e rendimento. Vamos investir 22 milhões de euros este ano para o desenvolvimento do futebol feminino, é um dos eixos estratégicos que queremos nos próximos anos. Com pena minha, o Joaquim não integrou a FPF, em benefício dos jogadores. Fico muito satisfeito por perceber que este Sindicato passou também a olhar de forma muito forte para o futebol feminino. O Joaquim não abdicou da Carla Couto quando eu era presidente da Liga e a convidei para embaixadora. O futebol feminino é o futuro e as nossas seleções precisam do trabalho do Sindicato e de projetos desta envergadura", realçou.

O dirigente máximo do órgão federativo não quis, também, deixar passar em claro o seu regresso "a uma casa" que lhe "diz muito". "É com um misto de grande emoção que volto. Estive aqui enquanto árbitro, o sindicato já nessa altura fazia um trabalho extraordinário com a arbitragem. Voltei aqui enquanto presidente da Liga, onde, em condições muito difíceis, recebi sempre do sindicato um apoio incondicional num momento difícil para as competições profissionais. Agora volto como presidente da Federação. Gratidão à direção do sindicato, ao Joaquim e a todo o seu corpo executivo, pela forma sempre comprometida como eu fui sempre recebido nesta casa, em todas as esferas de intervenção", agradeceu.