
Em um confronto ardente de egos, a batalha pela presidência da FIA transformou-se numa guerra total, com o atual presidente Mohammed Ben Sulayem a refutar veementemente as alegações de um “reinado de terror” sob a sua liderança. A tensão aumentou quando o ex-comissário da F1, Tim Mayer, lançou a sua candidatura para as eleições de dezembro de 2025, preparando o terreno para um confronto de altos riscos.
Mayer, uma figura proeminente na administração do automobilismo, não se conteve ao acusar Ben Sulayem de falhar na implementação das reformas prometidas e de fomentar um ambiente tóxico dentro da FIA. Descrevendo a organização como um “reinado de terror”, Mayer pintou um quadro sombrio de conflitos internos e falta de responsabilidade nos níveis mais altos.
Ben Sulayem, que assumiu o cargo em dezembro de 2021, já enfrentou a sua quota de controvérsias, incluindo questões de governança, demissões internas e confrontos sobre as regulamentações da Fórmula 1. Indiferente à reação negativa, o presidente de 63 anos desconsiderou as acusações, sugerindo que os seus críticos estavam desconectados da realidade na FIA.
À medida que a corrida pela presidência da FIA se intensifica, as apostas nunca foram tão altas, com a organização a supervisionar grandes eventos como a Fórmula 1, o Campeonato Mundial de Endurance e a Fórmula E. O que inicialmente parecia ser uma candidatura à reeleição sem contestação para Ben Sulayem tomou um rumo dramático com a entrada inesperada de Mayer, transformando a próxima eleição num confronto entre dois homens.
Apesar de enfrentar escrutínio e desafios, Ben Sulayem acolheu a competição, comparando-a a um regresso à arena competitiva. Ele expressou confiança na integridade da sua administração e enfatizou a importância da transparência e da adesão às diretrizes sob a sua liderança.
Com o cenário preparado para uma batalha de liderança contenciosa, ambos os candidatos estão a preparar-se para moldar o futuro do automobilismo global. Com questões de transparência, cultura interna e a expansão da F1 em jogo, os próximos meses prometem uma análise mais próxima do funcionamento interno da FIA.