Bicampeão do mundo em 1988 e 1989, Biasion, 58 anos, regressa a Portugal para competir no Rally Spirit Altronix, que vai decorrer em 18 e 19 de Novembro, em Vila Nova de Gaia e em São Romão do Coronado, na Trofa.

"Adoro este país, o Rali de Portugal foi sempre um dos meus favoritos no Campeonato do Mundo de ralis, que venci por duas vezes, mas que muitas mais vezes terminei na segunda posição", disse à Agência Lusa o antigo piloto da equipa Lancia Martini.

Biasion recordou que competir em Portugal "foi sempre um enorme desafio, mas ao mesmo tempo um prazer".

"Não me recordo, mas penso que nunca abandonei um rali em Portugal, foi maravilhoso para mim guiar nesta ruas. Foi sempre um grande desafio para mim, claro. Na primeira vez que competi aqui, em 1984, com o Lancia 037, foi o meu segundo rali no Campeonato do Mundo. Foi emocionante. Terminei no quarto lugar na geral", recordou.

E do baú das memórias na conversa com a Lusa trouxe outra que misturou o desespero com a gratidão, apesar do desfecho verificado: "Lembro-me que em 1987, ano em que estive quase a ser campeão, quando liderava a corrida em Portugal fiquei sem gasolina e foi alguém da assistência que me ajudou e cedeu o combustível."

E continuou: "Mesmo assim, perdi quatro minutos e acabei no sétimo lugar. É uma bela história para recordar."

Por isso, Portugal é sempre "motivo de boas memórias e de amigos que ficaram para o resto da vida", contou o antigo bicampeão do mundo.

"Fiquei com muitas memórias maravilhosas e também muitos amigos, não apenas pilotos de automóveis, mas também outras pessoas. Tenho um amigo num restaurante da Póvoa de Varzim a quem ligo a cada final de ano para desejar um bom ano", disse, por entre sorrisos, o italiano.

Sobre o regresso a Portugal só tem a dizer bem: "Tenho a certeza que será maravilhoso e novamente ao volante de um Lancia."

"Prefiro voltar para guiar um 037, porque já cá estive com um Delta, e agora vou tentar ganhar, 22 anos depois, com este carro", disse Biasion, que fará equipa com o navegador português Mário Costa.

JYFO // VR

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