"Em primeiro lugar, estão extremamente motivados por jogarem em casa. Têm uma variabilidade muito grande na equipa, jogadores muito interessantes no um para um, pivôs fortíssimos, fixos com enorme poder físico e um excelente sentido de marcação", começou por sublinhar, em declarações ao sítio da Federação Portuguesa de Futebol.

Essa "variabilidade de características" nos jogadores "confere qualidade à equipa" dos Países Baixos, que procura um "ponto de viragem" e regressar às etapas decisivas das fases finais, quando chegou à final do Mundial1989 e às meias-finais do Europeu1999.

"Eram sempre seleções extremamente complicadas e estão com uma qualidade muito interessante e competitivos. Estão com uma vontade muito grande de ter sucesso e de chegar longe na prova", expressou Jorge Braz, sobre o rival que partilha a liderança do Grupo A com Portugal, fruto do surpreendente triunfo perante a favorita Ucrânia (3-2).

Os campeões europeus e mundiais em título podem, desde já, assegurar a qualificação para os quartos de final do torneio e até o primeiro lugar do Grupo A, caso vençam e a Ucrânia não ganhe à Sérvia, que se defrontam antes de Portugal entrar na arena, mas Jorge Braz rejeitou colocar possibilidades e apenas pensa no jogo com os Países Baixos.

"Um dos problemas é quando colocamos muitos 'ses'. Nós temos de estar altamente focados no nosso jogo, prepará-lo muito bem, como sempre, mas perceber que vai ser um jogo duro. Vai ser preciso competir de uma forma extremamente rigorosa", frisou.

Durante o dia de hoje, houve nova alteração na convocatória, com a reentrada de Edu para o lugar do lesionado Bebé e, pela primeira vez, Jorge Braz poderá ter à disposição os 14 jogadores que compõem a lista, também com a integração do fixo André Coelho.

"São infelicidades, mas fazem parte. Estou muito triste agora pelo Bebé, não merecia esta infelicidade. São contingências e temos é de olhar para o que temos de fazer. É fantástico este comportamento de família que todos têm e como compreendem e superam as adversidades", realçou o selecionador transmontano, nascido no Canadá.

O ala Pany Varela também fez a antevisão ao encontro frente aos Países Baixos, no qual apelou para não existirem facilitismos, de forma a somarem novo triunfo e poderem, dependendo do resultado do outro jogo, garantir logo a primeira posição do Grupo A.

"É positivo [assegurar o primeiro lugar], pois é logo um objetivo que fica alcançado e concluído, mas sabemos que são três jogos no grupo. Vamos pensar em vencer, que é o que nos compete fazer e, se ficar logo resolvido, o terceiro jogo é para vencer na mesma. Queremos acabar com nove pontos", assumiu o atleta que atua no Sporting.

Considerado o segundo melhor jogador do mundo em 2021, Pany Varela abordou a lesão de Bebé e a chamada de Edu como "um misto de emoções", mas que, no caso do guarda-redes do Viña Albali Valdepeñas, "acaba por se fazer um pouco de justiça".

"Iremos sempre ficar muito bem servidos, pois são dois atletas com muita qualidade e que acrescentam a essa qualidade de jogo muita qualidade social ao grupo. Vamos receber o Edu de braços abertos e vamos correr um pouco mais pelo Bebé", garantiu.

O jogo entre Portugal e Países Baixos, da segunda ronda do Grupo A do Europeu2022, tem início às 17:30 locais (16:30 em Lisboa) de domingo, na Ziggo Dome, na cidade de Amesterdão, com a dupla de árbitros Marc Birkett (Inglaterra) e Kamil Çetin (Turquia).

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