O conjunto sportinguista chegou junto dos seus adeptos pelas 01:20 da madrugada, tendo o presidente, Frederico Varandas, sido o primeiro a subir ao palco, pelas 01:26, e cada jogador foi chamado individualmente para ser recebido pela multidão em êxtase num momento que durou cerca de vinte minutos, com o goleador Viktor Gyökeres a ser o jogador mais aclamado pelos adeptos e Ricardo Esgaio o mais acarinhado pelos seus companheiros.

Por fim, o capitão e o treinador 'leoninos', Morten Hjulmand e Rui Borges, foram chamados a juntar-se em simultâneo ao restante plantel, na companhia de Paulinho, histórico roupeiro do clube, para exibirem o troféu conquistado aos milhares de adeptos em euforia com o bicampeonato conquistado no sábado pelo Sporting.

A festa prolongou-se madrugada dentro e contou com intervenções de Pedro Gonçalves, Hjulmand e Rui Borges, que apontaram aos méritos da equipa para alcançar o sucesso e até deixaram alguns 'recados'.

"Disseram que jamais seremos campeões sem adeptos, disseram que jamais seríamos bicampeões sem o Amorim, disseram que jamais seriamos bicampeões sem o Viana e dizem que jamais seremos tricampeões sem o Viktor. Vamos ver", afirmou, confiante, Pedro Gonçalves, já apontando à edição 2025/26 da I Liga portuguesa de futebol e a prolongar o êxito dos verdes e brancos com um eventual terceiro título consecutivo.

Na mesma linha, Morten Hjulmand recordou as dificuldades vividas pelo Sporting, numa temporada na qual foi orientado por três treinadores diferentes -- Ruben Amorim, João Pereira e Rui Borges -- e, ainda assim, reconquistou o título nacional.

"Digam-me uma equipa que tenha ganho um campeonato com três treinadores. Só nós", repetiu, realçando a importância do feito alcançado. "Tenho 25 anos, o Sporting não era bicampeão há 71", recordou.

Por sua vez, Rui Borges agradeceu aos adeptos pelo apoio que sempre manifestaram à equipa: "vocês estiveram connosco desde o primeiro dia e foram as pessoas mais importantes. Obrigado e agora vamos todos para a taberna festejar", declarou, apontando as suas palavras à crítica.

A multidão estendeu-se por toda a praça do Marquês de Pombal, no centro de Lisboa, e pelas artérias circundantes, num ajuntamento de largos milhares de adeptos que festejaram madrugada dentro com o plantel do Sporting a conquista do bicampeonato nacional.

A partir do momento em que os jogadores equipa técnica e 'staff' sportinguistas deixaram o Estádio José Alvalade, os milhares de adeptos entoaram cânticos individualizados para cada jogador, em especial os atletas mais notabilizados, como Viktor Gyökeres, Morten Hjulmand, Pedro Gonçalves, Francisco Trincão, Gonçalo Inácio ou Rui Silva.

A festa promovida pelos apoiantes do campeão nacional terminou com fogo-de-artifício e pirotecnia, além dos cânticos e música que animou os festejos e incluiu uma atuação da fadista Kátia Guerreiro, que homenageou a falecida Maria José Valério, icónica cantora afeta ao clube verde e branco, interpretando a 'Marcha do Sporting' e também a canção 'O Mundo sabe que' em coro com a multidão que não arredava pé.

O Marquês de Pombal foi rodeado de elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP), incluindo membros da polícia de choque e seguranças privados, de forma a que o evento decorresse com total segurança.

A celebração durou para lá das três da madrugada, momento em que as muitos milhares de pessoas presentes começaram a dispersar, de regresso em casa e em clima de total comunhão pela conquista.

O Sporting, orientado por Rui Borges, terminou a 91.ª edição do campeonato com 82 pontos, mais dois do que o Benfica, e assegurou o terceiro título em cinco anos.

 

RBYR // AJO

Lusa/fim