
O penálti anulado a Julián Alvarez por duplo toque na bola no dérbi entre Atlético e Real Madrid (2-4, penáltis), a contar para os oitavos de final da Liga dos Campeões, deu muito que falar. Nesse sentido, o International Board [IFAB], organismo responsável pelas regras do futebol, emitiu uma nota para esclarecer a questão por não estar "diretamente coberta pela lei 14", que, em caso de segundo toque, pune com um livre indireto a equipa que está a marcar o penálti, sendo que, em caso de desempate, o penálti é considerado falhado.
Contudo, de acordo com o IFAB, esta parte da lei 14 apenas deve ser usada para quando há um segundo toque deliberado ou quando um jogador toca pela segunda vez na bola sem que esta tenha tocado em outro jogador, como, por exemplo, num ressalto do poste. "Isto é muito diferente de o marcador acidentalmente tocar a bola com os dois pés simultaneamente ou tocar a bola com o pé ou a perna contrária após o remate, o que habitualmente acontece por escorregarem", considera o IFAB. No entanto, o organismo considera que não penalizar um segundo toque, mesmo que involuntário, seria injusto, porque o guarda-redes pode ser enganado por esse desvio.
A partir de 1 de julho, se houver um duplo toque acidental mas o penálti for convertido, o árbitro mandará repeti-lo, algo que não aconteceu no caso de Julián Alvarez.
Leia a nota emititida pelo IFAB:
"O executante do penálti pontapeia acidentalmente a bola com os dois pés em simultâneo ou a bola toca no pé ou na perna que não está a pontapear imediatamente após o pontapé:
- Se o pontapé for bem sucedido, é cobrado novamente
- Se o pontapé não for bem sucedido, é concedido um livre indireto (a não ser que o árbitro conceda vantagem quando a ação claramente beneficia a equipa que está a defender) ou, no caso da disputa de penáltis, o penálti é considerado falhado
O executante do penálti pontapeia deliberadamente a bola com os dois pés em simultâneo ou toca-lha deliberadamente uma segunda vez antes de esta ter tocado noutro jogador:
- É concedido um livre indireto (a não ser que o árbitro conceda vantagem quando a ação claramente beneficia a equipa que está a defender) ou, no caso da disputa de penáltis, o penálti é considerado falhado"