A Guiné-Bissau estreou-se na terça-feira na CAN2021, a decorrer nos Camarões, com um empate sem golos, diante do Sudão, em encontro do Grupo D, tendo falhado uma grande penalidade nos minutos finais.

Na segunda ronda, agendada para sábado, a seleção guineense vai defrontar o Egito, que é treinado pelo português Carlos Queiroz e perdeu na terça-feira, por uma bola, com a Nigéria.

Apesar da derrota, vários guineenses disseram à Lusa que continuam a apoiar a seleção de futebol e ter boas perspetivas para o jogo frente ao Egito.

"As perspetivas são boas. Espero que a Guiné-Bissau consiga dar a volta por cima, tendo em conta os acontecimentos do último jogo, que não ganhou. Creio que vão usar a cabeça, entrar no jogo com a cabeça fria e tentar conquistar os primeiros três pontos no campo", afirmou Luís Carvalho.

Luís Carvalho salientou também que há "uma nação atrás deles e devem acreditar".

"Não é por falta de apoio. Há críticas, mas isso são coisas do futebol e ninguém gosta de perder. O Pelé deve continuar e concentrar-se no próximo jogo, que vai correr tudo bem", acrescentou Luís Carvalho.

Pelé foi o jogador da seleção guineense que falhou a grande penalidade contra a equipa do Sudão.

"Eu acho que a expectativa é grande, não podemos perder a esperança acima de tudo. Nós somos uma nação, temos de ter confiança no nosso 'team' e isto é um trabalho de equipa. A união é que faz a força, portanto, estamos confiantes e vamos com garra", afirmou Edilson Tavares.

Para Joaquim Afonso Lopes Júnior, outro adepto dos "Djurtus", a expectativa é que a seleção ganhe o segundo jogo, porque toda a população está à espera da "vitória".

"Estamos atrás dos Djurtus para dar força e confiança, porque no primeiro jogo queríamos a vitória, mas foi destino de Deus", disse Joaquim Júnior.

Para Isidro Teixeira, a equipa no sábado poderá melhorar, mas lamentou a falta de preparação, que impede melhor jogo de equipa.

"Eu estive a ver o jogo e a questão principal é a falta de preparação de um conjunto. Havia iniciativas dos jogadores de tentar alcançar a área, mas em termos de conjunto a outra equipa foi melhor", explicou Isidro Teixeira, antigo jornalista guineense da área do desporto, e mais duro nas críticas ao trabalho da seleção nacional.

Isidro Teixeira salientou também que é preciso mais "responsabilidade dos jogadores", que não podem perder a bola "sem pressão", salientando que houve falta de responsabilidade porque "milhões de guineenses e portugueses estavam a sofrer".

"Isso é grave. O jogador quando entra em campo numa competição como a CAN tem de ter noção da responsabilidade. Perder bola é desastre no ataque, pois a equipa sofre contra-ataque", salientou.

Isidro Teixeira disse também que o técnico guineense Baciro Candé não pode ter medo de fazer substituições e que a equipa não está preparada.

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