
Francesco Bagnaia concluiu a sexta-feira do GP de França de MotoGP na terceira posição do Treino – a 0,184s do líder, que foi o seu colega de equipa da Ducati Lenovo, Marc Márquez.
O italiano explicou que aceitou o facto de não ter na Desmosedici GP25 o que pretende da moto, procurando alternativas para ter um bom desempenho:
– Foi uma boa sexta-feira. Estou contente com a melhoria que fiz e que fizemos, e estou confiante com o conjunto. Finalmente entendi, após seis Grandes Prémios, que o que quero da moto já não está lá. Então, preciso de encontrar desempenho de formas diferentes. Tentámos tudo para encontrar outra vez o que eu queria – que é travagem e entrada em curva de forma mais sólida. Esta época sinto muito mais movimento da dianteira nesta área. Então, hoje só tentei adaptar-me e dar um passo por mim mesmo e finalmente funcionou. Não estou confiante para o fazer, mas é a única maneira de ser mais competitivo. Sinto-me zangado que o meu ponto mais forte, que era travagem e entrada, já não é uma coisa boa. Mas é o que é e preciso de trabalhar nisto.
Apesar das dificuldades, Bagnaia não só rejeita voltar à Desmosedici GP24, como espera ter em breve o novo quadro: ‘Estou sempre a dar o meu máximo, mas estou a tentar encontrar o desempenho com esta moto de forma diferente, e hoje eu fi-lo e funcionou bem. Amanhã de manhã daremos outro passo. Mas julgo que não é uma boa ideia voltar à especificação antiga. Então, continuemos assim, experimentemos diferentes coisas para nos adaptarmos a isto. Hoje o Marc experimentou o quadro que ele experimentou em Jerez, talvez seja uma melhoria – não o usarei aqui porque não tenho tempo suficiente para o testar bem, mas irei usá-lo a partir de Aragão’.
O campeão do mundo de 2022 e 2023 reconheceu que esta adaptação não é tarefa fácil: ‘Não é um processo fácil, porque estou a pilotar assim desde 2020; a moto esteve a mudar, mas a sensação na entrada em travagem era muito parecida. E esta época não. Não consigo encontrar de volta esta sensação, então estamos a trabalhar nisto. Estamos a trabalhar para entender o que fazer diferente. A minha equipa está a fazer um trabalho fantástico, e também a Ducati. Mas precisamos de o aceitar e tentar sermos capazes de sermos velozes de formas diferentes’.
Questionado sobre se esta adaptação representa mais riscos, Bagnaia retorquiu: ‘Vejamos, não sei. A minha confiança com a dianteira da moto não está no melhor neste momento. Pilotando assim, estou a correr menos risco para ser veloz. Então, tentemos fazer este fim de semana assim, e depois o próximo em Silverstone que é outra pista onde este tipo de estilo de pilotagem se adequa bem. Vejamos’.