
Após a tempestade, veio a bonança. O Rio Ave derrotou o Estrela da Amadora por 2-0 e confirmou matematicamente a permanência na Liga. Clayton colocou fim a uma seca de golos que durava há cinco jogos e manteve os tricolores na luta pela salvação até, pelo menos, à próxima jornada.
20 horas após o adiamento da partida devido a condições climatéricas adversas, jogou-se, por fim, em Paços de Ferreira. A primeira parte foi animada, com aproximações às balizas de parte a parte. No entanto, nem Clayton nem Bucca conseguiram finalizar nas melhores ocasiões (9' e 12'). Entre quezílias e picardias entre jogadores, assistiu-se à primeira grande ocasião de golo ao minuto 30 quando André Luiz obrigou João Costa a defesa apertada.
Empolgados com o remate do extremo, os vila-condenses guardaram a melhor versão para os minutos finais da primeira metade e voltaram a ficar perto de marcar num livre de Tiknaz (36') – João Costa voltou a brilhar. Quando o guarda-redes falhou, Pantalon salvou o Estrela com um corte em cima da linha e no lance imediatamente seguinte Travassos testou a atenção de Miszta (44'). Um minuto antes, Petit havia sido expulso com vermelho direto por protestos.
A segunda parte foi, porém, distinta. Desde logo porque o Estrela da Amadora foi menos ameaçador ofensivamente e deixou o Rio Ave muito confortável. Os vila-condenses sentiram à-vontade para carregarem em busca do golo que lhes permitisse quebrar a série de três jogos sem ganhar e festejaram aos 65 minutos por Clayton. O golo acabou por ser anulado por posição irregular do brasileiro – por 31 centímetros – e deixou Amine, que perdeu a bola no início da jogada, a respirar de alívio.
O Rio Ave esmoreceu com o golo anulado, assim como o jogo. As duas equipas pareciam mais preocupadas em não perder do que em ganhar, com exceção de André Luiz, que voltou a ameaçar o golo num remate cruzado (75'). Volvidos dois minutos, Tiknaz fez uma tabela com Kiko Bondoso e isolou Clayton – o mais difícil é jogar simples – e o avançado foi travado em falta por Dramé na área. De penálti, o brasileiro abriu o marcador e pôs fim a uma série de cinco jogos sem marcar.
O Estrela da Amadora procurou o empate, desequilibrou-se e acabou por sofrer o segundo golo. Depois de João Costa ter negado o bis a Clayton com uma excelente intervenção, Martim Neto confirmou o triunfo (e a permanência) vila-condense com um golo cheio de classe aos 90+6.
Notas do Rio Ave: Miszta (6), Vrousai (5) Ntoi (6), Panzo (5), Omar Richards (5), Tiknaz (5), Bakoulas (5), André Luiz (6) Olinho (5), Tiago Morais (4), Clayton (6), Martim Neto (6), João Novais (5), Kiko Bondoso (4), João Tomé (-) e Zoabi (-).
Notas do E. Amadora: João Costa (6), Diogo Travassos (5), Pantalon (6), Dramé (4), Montoia (5), Amine (4), Bucca (5), Paulo Moreira (5), Jovane (5), Alan Ruiz (5), Kikas (5), Chico Banza (5), Rodrigo Pinho (4), Léo Cordeiro (5), Nilton Varela (-), Tiago Mamede (-),
As reações dos treinadores:
Nuno Pereira (adjunto de Petit, Rio Ave): Começo por agradecer aos adeptos pelo apoio e dedicar-lhes esta vitória. Fizemos uma boa primeira parte num jogo competitivo, com muitos duelos e muito físico. Na segunda parte fomos eficazes e pragmáticos e aproveitámos as nossas ocasiões. A equipa está de parabéns.
Luís Silva (adjunto de José Faria, E. Amadora): Foi jogo muito equilibrado. As duas equipas estavam encaixadas, embora sentisse que podíamos ter chegado primeiro ao golo. Foi assim até ao Rio Ave marcar. Senti que a equipa que marcasse primeiro não iria deixar fugir o resultado. Foi o que aconteceu.