Bruno Lage analisou o encontro entre o Alverca e o Benfica. O treinador respondeu à pergunta do Bola na Rede em conferência de imprensa.

Bruno Lage fez o rescaldo do duelo entre o Alverca e o Benfica, que terminou com uma vitória encarnada por 2-1. O Bola na Rede esteve no Complexo Desportivo FC Alverca e colocou uma pergunta ao treinador da equipa visitante.

Lê ainda a pergunta e resposta de Custódio Castro, treinador da equipa da casa.

Bola na Rede: O Benfica atacou com muita gente, com os laterais projetados, muita presença no corredor central e procura de combinações por fora, mas defrontou uma equipa do Alverca com um bloco baixo, compacto e que se conseguiu defender bem, e teve dificuldades em alguns momentos em penetrar a linha defensiva adversária. Como explica as dificuldades, o que aconteceu durante o jogo para isso e como tentou dar a volta por cima?

Bruno Lage: Percebo a sua pergunta. Antes de lá ir, faço-lhe uma questão, como me fizeram na flash. Com quantos homens jogámos na frente?

Bola na Rede: Dois extremos, um médio ofensivo, o Barreiro, e o Ivanovic, dois laterais projetados.

Bruno Lage: Obrigado. Fizemos muitos movimentos e por isso é que criámos os golos daquela maneira. Temos de olhar um pouco para o perfil dos nossos jogadores e para a nossa intenção. Tínhamos de fazer movimentos, e posso falar desta maneira, quando a bola chegava fora, principalmente ao Dedic e ao Samuel [Dahl], diagonais, duplas diagonais com os movimentos do Ivanovic. O que poderíamos ter feito num ou noutro momento? Mais cruzamentos. Quer do Fredrik, e eventualmente do Samuel, mais cruzamentos rasteiros para apanhar a linha defensiva a tentar defender a baliza e encontrar os nossos homens à frente da baliza. Era uma coisa que podíamos fazer e foi o que reforçámos ao intervalo para a equipa fazer. Quando olho para o jogo e para a exigência deste ciclo, sem pré-época, e é uma explicação do momento da equipa: é mais difícil controlarmos o desgaste físico durante o jogo dos jogadores menos usados do que daqueles que vão jogando. Hoje alguns jogadores já vinham com seis e sete jogos, um ciclo muito difícil. Foi nesse sentido que refrescámos a equipa, tentar alterar um jogador por posição, porque sabíamos que na segunda parte os jogadores poderiam baixar o ritmo. Quem entrou: Samu [Soares], grande exibição, que não fiquem dúvidas e antecipando-me à vossa questão que o Trubin é o número 1, mas o Samu é muito importante para nós e hoje fez uma grande exibição; número 2, e já que gosta de falar de técnica e tática, porque é que utilizámos o [Tomás] Araújo?

Bola na Rede: Para ganhar capacidade de construção e penetrar a linha defensiva através do passe.

Bruno Lage: E porque é mais o rápido. O ponta de lança do Alverca é muito rápido a atacar a linha defensiva e o nosso defesa mais rápido é o Tomás Araújo. Foi nesse sentido que o colocámos é controlámos grande parte das transições por ele. Barreiro e Andreas [Schjelderup] muito próximos do homem da frente para manter a equipa unida na pressão. Quando olho para o jogo sinto que o controlámos com e sem bola e defrontámos uma grande equipa. Quando ficámos reduzidos a dez, a equipa fechou-se, segurou os três pontos. Era muito importante fechar este ciclo com mais três pontos.