
Miguel Ribeiro, presidente do FC Famalicão, marcou presença no Congresso do Dirigismo, em Matosinhos, organizado pela Associação Nacional de Dirigentes do Futebol, Futsal e Futebol de Praia, onde esteve à conversa com os jornalistas sobre vários temas antes da sua intervenção no evento.
Questionado pelo zerozero sobre a sua opinião relativamente às medidas apoiadas por AVB na Cimeira de Presidentes - redução do número de equipas no campeonato e alterações à Taça da Liga -, o líder dos famalicenses enalteceu a necessidade de efetuar um «estudo profundo» antes de tomar qualquer decisão.
«São dois temas que vão ter de ser estudados. De início, não consigo dar resposta porque são temas tão estruturantes e temas tão importantes, mas carecem de estudo. Para quem tem tanta responsabilidades, ter apenas opiniões é muito pouco», começou por dizer.
«Temos de estudar em profundidade o que é melhor para o futebol português, estudar profundamente os cenários. Infelizmente, noto que o futebol português está sempre muito assente no que é melhor para clube A e para o clube B do que em decisões globais», reiterou.
O dirigente do emblema de Vila Nova de Famalicão não discorda com o projeto de disputar Taça da Liga sem os três grandes, mas é contra a implementação de «ideias tão definidas» sem existir uma cuidadosa análise.
«É uma questão de estudarmos, até pode ser interessante. Reduz os jogos dos grandes e permite que outros possam vencer uma competição, mas pode reduzir demasiado a competição do ponto de vista económicos», disse.
«Há aqui várias vertentes a ter em conta. Pasma-me um pouco este tipo de opiniões tão definidas, decisivas e tão claras sem haver um estudo base para perceber o melhor caminho», atirou, antes de deixar dirigir duras críticas sobre o estado atual do futebol português.
«O futebol português nunca esteve unido e também não vai ser agora. Não devemos esperar união, isso é uma utopia. Nunca vai acontecer. Assim, obriga líderes, federação, liga, conselho de arbitragem a se assumirem como líderes para tomar as melhores decisões», destacou.
«Cada um vai olhar sempre por si e não vai estar minimamente preocupado com o coletivo, mas sim com o individual», finalizou.