"A venda planeada aumentará os objetivos militares da Polónia em termos de renovação das suas capacidades e, ao mesmo tempo, aumentará a interoperabilidade com os Estados Unidos e outros aliados" da NATO, destacou Agência de Cooperação de Segurança e Defesa (DSCA, na sigla em inglês) em comunicado.

O Departamento de Estado notificou o Congresso norte-americano de que a venda inclui sistemas Himars de médio alcance, munição associada e equipamentos relacionados.

A Polónia e outros aliados da NATO no flanco oriental estão cada vez mais preocupados com a possibilidade de uma nova ofensiva russa na Ucrânia ao longo das suas fronteiras, noticiou a agência Associated Press (AP).

Varsóvia tem vindo a reforçar as suas capacidades militares e a intensificar a cooperação com Washington.

No início de janeiro, o ministro da Defesa polaco assinou um acordo para a compra de uma segunda remessa de tanques de guerra norte-americanos Abrams, depois de já ter recebido baterias de mísseis Patriot.

Responsáveis citados pela AP indicaram, na altura, que a Polónia é o primeiro aliado dos Estados Unidos na Europa a receber tanques Abrams, num contexto de guerra na vizinha Ucrânia, após a invasão russa.

O acordo para a compra dos Abrams está avaliado em 1,4 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros) e prevê que a entrega de 116 tanques Abrams M1A1, com o respetivo equipamento e logística, se inicie durante o corrente ano.

Este novo contrato segue-se ao acordo firmado no ano passado para a aquisição de 250 tanques Abrams M1A1, que serão entregues entre 2025 e 2026.

No decurso das intervenções na cerimónia na base militar de Wesola, os responsáveis polacos e norte-americanos sublinharam que estes acordos fortalecem a Polónia, a região e o flanco leste da NATO, numa altura em que prossegue a guerra na Ucrânia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, 7.155 civis mortos e 11.662 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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