
"Em 31 de março de 1964 a Nação salvou a si mesma!", escreveu Mourão no Twitter numa mensagem publicada junto com uma bandeira do Brasil.
Eleito democraticamente junto com Jair Bolsonaro num pleito em que toda a população pode votar, Mourão - que é general da reserva do Exército - integra uma ala do Governo saudosa da ditadura militar.
No mesmo dia em que o vice-presidente classificou o golpe militar como um evento positivo, o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto assinou uma ordem do dia na qual exaltou este evento ocorrido no Brasil como "um marco histórico da evolução política brasileira", porque "refletiu os anseios e as aspirações da população da época".
Assinalam-se hoje os 58 anos do golpe militar, que ocorreu no Brasil em 31 de março de 1964 e instalou um regime ditatorial que vigorou até 1985.
Mourão e Braga Netto fazem parte de um grupo de militares que ocupam postos de comando no executivo brasileiro que tem gerado seguidas polémicas por defenderem que o golpe militar terá sido bom para a democracia já que impediu uma alegada ascensão comunista no país.
O texto assinado por Braga Netto, que é apontado como possível vice-presidente na candidatura de reeleição de Bolsonaro, corrobora este ponto de vista sem mencionar as perseguições políticas perpetradas pelos militares na ditadura, os crimes cometidos contra opositores que foram mortos ou torturados por agentes do Estado, nem a censura que vigorou no país.
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