
De acordo com a sentença do Tribunal Judicial Distrital de Barué, em Manica, consultada hoje pela Lusa, os agentes foram considerados culpados pela "prática em autoria material na forma consumada" de vários crimes de que eram acusados.
A sentença proferida na quinta-feira condenou o antigo comandante distrital da polícia em Macossa e três colegas subalternos em dois processos-crime, um ligado a caça e 'tráfico de troféu' e outro ligado à soltura ilegal de um detido.
O tribunal condenou um quinto arguido, uma civil, pelo crime de corrupção ativa, por ter subornado para atos ilícitos os agentes em causa.
"Havendo necessidade de se fazer um cúmulo jurídico, devido à acumulação de infrações, é aplicada ao arguido Jorsélio Pinto [o comandante] a pena única de seis anos de prisão e um ano de multa, pena esta que será substituída por multa", disse a juíza da causa, Cláudia Jone.
Entretanto, o antigo comandante da Polícia disse à imprensa a saída do tribunal que "justiça foi feita", aguardando os passos subsequentes no processo.
A principal acusação dizia respeito ao suborno de 45.000 meticais (cerca de 530 euros) em troca da libertação de um motorista que atropelou e matou um peão, que envolveu o comandante e o chefe da informação interna.
Num outro caso, o comandante e mais dois oficiais envolveram-se em operações ilegais de caça numa coutada oficial no distrito de Macossa, o que levou à detenção do grupo em setembro de 2020.
AYAC // JNM
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