De acordo com o pré-aviso de greve, entregue pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro Sul e Regiões Autónomas, a paralisação afetará setores e infraestruturas diferentes, mediante o dia.

Os motivos para esta greve prendem-se, entre outras coisas, com o aumento dos salários e dos dias de férias, com a melhoria das condições de segurança e com a redução das horas de trabalho, segundo indicou à agência Lusa Mário Matos, da Comissão de Trabalhadores da Valorsul.

"Os motivos têm a ver com a empresa não fazer propostas que venham ao encontro daquilo que são as reivindicações dos trabalhadores. Em abril, formaram uma contraproposta que, para nós, é inaceitável, pois é uma moeda de troca", apontou.

Segundo Mário Matos, a Valorsul aceitou reduzir o horário de trabalho, "com contrapartida de os trabalhadores aceitarem abdicar de direitos inscritos no Acordo de Empresa".

Um desses direitos, indicou o sindicalista, seria o horário de almoço estar incluído no horário de trabalho dos trabalhadores.

"Para nós é inaceitável. Não aceitamos moedas de troca", sublinhou.

De acordo com a calendarização da greve, a Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (CTRSU) será a primeira a sofrer os efeitos, a partir das 00:00 do dia 22 de maio, onde serão feitas paralisações por turno.

Nos dias seguintes, a paralisação também afetará o serviço de manutenção, caracterização e recolha seletiva, o Aterro Sanitário de Mato da Cruz e Instalação de Valorização de Escórias (ASMC), o Centro Sanitário do Oeste, Triagem e Estações de Transferência, o Centro de Triagem e Ecocentro do Lumiar e a Estação de Valorização Orgânica.

A agência Lusa pediu uma reação à administração da Valorsul, mas não obteve resposta.

A Valorsul, com cerca de 450 trabalhadores, é a empresa responsável pelo tratamento e valorização dos resíduos recicláveis e resíduos sólidos urbanos produzidos em 19 concelhos das regiões de Lisboa e Oeste.

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