"O senhor Presidente da República não participa na cimeira por não ter ainda a segunda dose da vacina", disse à Lusa a ministra dos Negócios Estrangeiros, Adaljiza Magno, que na semana passada já tinha informado sobre a ausência do chefe do Governo, Taur Matan Ruak.

A situação da covid-19 em Timor-Leste, associada aos efeitos das cheias de abril, são o principal motivo da não participação do primeiro-ministro.

"Aguardamos decisão do Governo para nomear um dos vice-primeiro-ministros para liderar a delegação", disse.

O encontro de Luanda servirá, entre outros aspetos, para formalmente empossar o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros timorense Zacarias da Costa como novo secretário-executivo da CPLP.

Timor-Leste é o país que tem agora o direito de propor o nome do futuro secretário-executivo da CPLP, que sucederá ao português Francisco Ribeiro Telles.

Adaljiza Magno sublinhou a importância do encontro de Luanda de chefes de Estado e do Governo da CPLP, quando a organização cumpre 25 anos e no momento em que Timor-Leste assumirá pela primeira vez o cargo de secretário-executivo.

"É uma cimeira muito importante para toda a comunidade lusófona, a primeira cimeira depois da pandemia. A CPLP celebra os seus 25 anos, Timor-Leste pela primeira vez vai assumir o cargo de secretário-executivo e pela primeira vez a cimeira vai aprovar a mobilidade", notou.

Magno disse que é crucial aproveitar a oportunidade, num contexto de pandemia, para reforçar o multilateralismo, tanto no espaço da "família lusófona" como nos espaços regionais dos seus Estados membros.

"No tempo da pandemia temos que ser mais ativo no multilateralismo. Este é o momento para estarmos mais unidos, com maior solidariedade entre todos. E a grande família que é a CPLP, que partilha a mesma língua, tem que se mostrar mais solidária no combate conjunto à pandemia e unida nos tempos difíceis", considerou.

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