
Durante uma audição parlamentar, o responsável indicou que os atrasos na produção dos aviões se devem, entre outros fatores, à lenta recuperação das cadeias de fornecimento após a pandemia da covid-19 e às "mudanças no contexto internacional", numa referência à invasão da Ucrânia pela Rússia.
"Nas reuniões mensais do projeto, tem havido pressão constante sobre os Estados Unidos. Foram realizadas visitas programadas e não programadas às fábricas para verificar o progresso. Os EUA também aumentaram o número de trabalhadores nas linhas de produção e nas estações de montagem", afirmou Lee, citado pela imprensa local.
Segundo o militar, na última reunião do projeto, realizada no mês passado, "ambas as partes mantinham-se otimistas quanto ao cumprimento do calendário de entregas até ao final do próximo ano".
Em agosto de 2019, o Departamento de Estado norte-americano aprovou a venda a Taiwan de 66 caças F-16 Block 70, num negócio avaliado em oito mil milhões de dólares (cerca de 7,4 mil milhões de euros), a maior compra de armamento da ilha durante o primeiro mandato de Donald Trump. O primeiro destes aviões foi entregue em março deste ano.
Face ao aumento da pressão militar da China, que considera Taiwan uma "parte inalienável" do seu território, o governo da ilha tem reforçado as suas capacidades de defesa.
Os Estados Unidos, principal fornecedor de armas a Taipé, mantêm-se há mais de sete décadas numa posição delicada no diferendo entre Pequim e Taiwan. Apesar de não manterem relações diplomáticas com a ilha, as autoridades norte-americanas admitem a possibilidade de defender Taiwan em caso de conflito com a China.
JPI //APN
Lusa/Fim