No lançamento de teste da nave Starship realizado este domingo, o quinto até agora, a norte-americana SpaceX conseguiu cumprir dois objetivos considerados cruciais para reduzir o custo das viagens no espaço.
A empresa do setor aeroespacial de Elon Musk, o homem mais rico do mundo, conseguiu fazer com que o propulsor da nave, chamado Super Heavy, regressasse à base após o lançamento, de forma a poder ser reutilizado. E cumpriu com sucesso o objetivo de fazer a nave aterrar, de forma controlada, no Oceano Índico, de acordo com a CNN Brasil.
O lançamento da nave e reentrada na Terra foi efetuado este domingo, 13 de outubro, sem tripulação a bordo, a partir da base aérea de Boca Chica, no Texas, EUA. Pelas 7h25 locais (às 13h25 de Lisboa), a nave espacial descolou. Mal superou a barreira atmosférica, o propulsor começou a sua viagem de regresso a terra firme, à qual deveria chegar intacto de forma a poder ser utilizado em futuros lançamentos.
Segundo o New York Times, o Super Heavy, propulsor com 33 motores, ao separar-se da nave, fez corretamente a trajetória de regresso à torre de lançamento, encaixando nos “braços” da estrutura com sucesso. A Starship, por sua vez, caiu no Oceano Índico e explodiu, de acordo com o previsto.
Musk assinalou o feito na rede social X (antigo Twitter), de que também é proprietário.
Este quinto teste da Starship, que pesa cerca de 5000 toneladas, conseguiu colocar o módulo em órbita e testar um sistema que utiliza o sistema de comunicação Starlink para, pela primeira vez, manter a comunicação com o módulo orbital durante a reentrada, algo que nenhum voo espacial conseguiu até agora.
A Starship pretende ser o primeiro serviço privado a chegar à Lua e a Marte e a estabelecer presenças e colónias permanentes nesses planetas, uma visão repetida e considerada viável pelo seu fundador, o magnata Elon Musk.
O processo pelo qual o propulsor da Starship conseguiu aterrar neste domingo pela primeira vez é semelhante ao do foguetão Falcon 9, também da SpaceX, um sistema comercial de lançamento em órbita muito mais pequeno, concebido, em geral, para missões na órbita terrestre com uma taxa de sucesso superior a 95%.