De acordo com os dados publicados pela Comissão Eleitoral Central (KQZ), os socialistas conquistaram 82 dos 140 assentos parlamentares (52% dos votos).

O partido de Edi Rama governará assim pela quarta legislatura consecutiva, tendo obtido 52% dos votos, melhorando assim em quatro pontos e oito lugares em relação aos resultados de 2021.

O Partido Democrático (PD) conservador, liderado pelo antigo presidente e ex-primeiro-ministro Sali Berisha, mantém-se como a principal força da oposição, com 52 deputados.

O Partido Social Democrata, aliado de Rama, também entra no parlamento com três deputados.

O partido centrista Mundësia (Possibilidade) e os partidos de esquerda Bashkë (Juntos) e NISMA - Shqipëria bëhet (A Iniciativa Albânia será bem sucedida), ambos com uma forte agenda anticorrupção, ganham um lugar cada.

A Albânia, que foi uma ditadura comunista até 1991, é membro da NATO desde 2009 e está há três anos a negociar a adesão à União Europeia (UE), que Rama espera que aconteça em 2030, uma data que Bruxelas considera realista, mas apenas se muitas reformas ainda forem implementadas.

A missão de observação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) confirmou na segunda-feira o ambiente "competitivo" das eleições, mas registou alguns casos que descreveu como "intimidação política".

A campanha eleitoral foi marcada por acusações mútuas de corrupção entre os dois principais partidos.

O presidente socialista da Câmara de Tirana e aliado próximo de Rama, Erion Veliaj, foi detido em fevereiro por alegada corrupção, branqueamento de capitais e abuso de poder.

Berisha, por sua vez, esteve em prisão domiciliária até outubro passado por alegada corrupção e foi alvo de sanções dos Estados Unidos em 2021 pelo mesmo motivo.

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